A palavra escrita é,
para Francisco José Rito, uma arma que espicaça as consciências
algo adormecidas. Que luta contra as ideias feitas, o "deixa
andar", os marasmos quotidianos. Os seus livros são campos de
batalha, onde luta contra si e contra os outros. Contra a
excessiva normalidade do homem.
Jorge Marques da
Silva
As imagens do Carlos Figueiredo fazem-nos navegar por mil vagas.
As da ria, as do mar e as da vida. Nelas podemos escolher
destinos, traçar rotas, mesmo que o barco seja os seus olhos e
seja ele quem vai ao leme. E tanta a diversidade de olhares, que
satisfaz todos os gostos. Este livro cheira a amor, a vida, a
maresia. Solta brados de esperança e de sonhos. Saibamos, pois,
deixar-nos invadir pelos sons e pelos cheiros que os autores tão
bem souberam trazer para o papel.
Luís Miguel Varela
Poeta é aquele que
resiste, que interroga, que luta, que se inquieta, que se
revolta, que subverte o instituído, que diz NÃO(!).
Eis-nos pois,
perante um poeta. Um avisador, inconformista. radical,
idealístico, insatisfeito, crítico de ortodoxias e de algumas
deferências; desbravador e caminheiro de sentidos, de
diferenças, de ousadias; adorador da beleza deste mundo e dos
outros (acessíveis a quem cria). Francisco José Rito é um
humanista por excelência, um cidadão do mundo, um homem com alma
grande.
E o que, em parceria
com Carlos Figueiredo, nos oferece neste livro. vai muito além
da nossa capacidade de "olhar". São coisas da "alma"...
Mário Ribeiro Frade
Desfolhamos esta
obra (maior, por excelência) e por vezes não conseguimos
perceber de quem é o "Olhar" e de quem é a "Alma", tal é a
harmonia da sua complementaridade.
Sei que o Francisco
e o Carlos não são irmãos de sangue, mas pergunto-me se não o
serão nos sonhos, na angústia e no desassossego. "Entre o Olhar
e a Alma" é uma porta aberta para o coração, por onde se devem
deixar entrar as cores disfarçadas no preto e branco, e os
recados que se adivinham nas entrelinhas.
Maria Armanda do
Prado
|