Este é
o quarto livro que escrevo sobre Aradas, a minha terra, onde nasci e
vivi toda a minha vida.
A
Aradas em que nasci era uma freguesia rural, que no último meio século
evoluiu, passando por uma autêntica revolução urbana que a tornou
completamente diferente. Mesmo sofrendo a crise actual, as pessoas têm
hoje aqui uma qualidade de vida com que, nos meus tempos de garoto, nem
sonhar podiam.
O que
os meus livros pretendem é dar testemunho da transformação profunda
desta terra e das condições de vida do seu povo. E deixar também memória
daqueles que, com dedicação e trabalho esforçado, foram os agentes da
mudança operada.
Amar a
terra em que nascemos é próprio da natureza humana. Eu amo a minha
profundamente.
Gostaria que isso transparecesse nos meus livros.
Por
isso, termino com um poema que canta a Aradas dos meus tempos de criança
- tempos já tão distantes... mas, não obstante, tão intensamente vivos
no meu espírito!
Não
haverá quem queira musicá-lo – para que se possa cantar? Fico à espera. |