David Paiva Martins, Aradas. Um olhar sobre a primeira metade do século XX (Da Junta de Parochia à Junta de Freguesia). 1ª ed., Aradas, Junta de Freguesia de Aradas, 2008, 268 pp.

2.8 – O regicídio

 

No dia 1 de Fevereiro de 1908, cerca das 5 da tarde, aconteceu no Terreiro do Paço, em Lisboa, o assassínio do Rei D. Carlos e do Príncipe Real D. Luís Filipe. A Junta de Paróquia de Aradas tinha a sua reunião ordinária marcada para o dia seguinte. Dada a especificidade do momento que se vivia no País, face a acontecimentos tão dramáticos, passo a transcrever a acta dessa sessão ordinária de 2 de Fevereiro de 1908:

 

 “Aos dois dias do mez de Fevereiro do anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil nove centos e oito, achando-se reunida a Junta de Parochia da freguesia d’Aradas, concelho d’Aveiro, na sachristia da egreja parochial, logar destinado para as suas sessões, pelas nove horas da manhã, composta do Reverendo Parocho Antonio dos Santos Pato e dos vogaes Antonio Pereira dos Santos, João Simões Morgado, José Simões de Pinho e José da Rocha Serradeiro, o presidente abriu a sessão. Depois de lida e approvada a acta da sessão anterior e chegando ao conhecimento da Junta, a triste, dolorosa e inesperada noticia do tragico acontecimento em Lisboa, de que foram victimas Sua Majestade D. Carlos e seu primogenito filho D. Luiz Filippe, deliberou encerrar a sessão em signal de luto e profundo sentimento, mandando lavrar esta acta que será assignada, depois de lida por mim Julio Alfredo Lourenço Catharino, secretario da Junta que a escrevi e assigno”.

 

 
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