Vaz Ferreira, Minha colaboração no A. D. A., pp. 216-217.

A PROPÓSITO DA MINHA

COLABORAÇÃO...

ERRATA

A MINHA colaboração neste Arquivo do Distrito de Aveiro vem desde Dezembro de 1938, há quase quinze anos; mas não começou bem. Logo na segunda palavra deixei um erro palmar. Palmar quer dizer daqueles que merecem palmatória. Em vez de Sul escrevi «Poente», de maneira que o Castelo da Feira ficava desnorteado, visto da vila para o lado do mar.

Duas páginas adiante, farto de ter esquadrinhado na árvore genealógica dos condes da Feira uma D. Inês solteira, cuja lisonja simples eu via na capela-mor da igreja matriz da vila, atribuí à neta do quarto conde D. Joana de Castro o custeio das obras dessa capela. Tais obras, porém, foram ordenadas no testamento de D. Inês de Castro, filha do terceiro conde da Feira, D. Manuel, e da condessa, D. Francisca Henriques, em cumprimento de legados dos seus irmãos e dela. Por as armas da fundadora estarem numa lisonja simples, fui induzido a julgá-la solteira; porque, tendo casado, devia a lisonja ser bipartida e mostrar no primeiro triângulo as armas do marido. Não era solteira nem casada. Viuvara já do vice-rei D. Antão de Noronha. Errei levado pelos testamenteiros da D. Inês que puseram na capela-mor da Feira as armas dela desacompanhadas das do marido. Portanto na página 261 do volume IV (n.º 16) devem substituir-se as palavras: «D. Joana de Castro, neta do 4.º conde D. Diogo, por começos desse século» pelas: D. Inês de Castro, filha do 3.º conde da Feira, D. Manuel Pereira e da condessa D. Francisca Henriques, e viúva do vice-rei D. Antão de Noronha. Foi começada a 6 de Abril de 1618.»

Na página 126 do volume VI (n.º 22) atribuí como filho ao Ermigio Viegas «6 − Múnio Ermigues...» Essas quatro / 217 / linhas devem substituir-se e emendar-se tudo quanto segue, ficando a entender-se:

5 − Ermígio Viegas (43) e é seu filho:

6 − Egas Ermiges falecido antes de 1091 sem descendência.

0 6 − Múnio Ermiges, governador do Porto, não era desta família.

Do 5 − D. Múnio Viegas, segundo do nome, citado na página 125 e casado com D. Unisco Trastamires foram filhos:

7 − Ermígio Monis... Era o mais velho dos irmãos.

7 − Mem Monis...

7 − Egas Monis...

7 − Martim Monis... Sendo este duvidoso.

Na página 128 do mesmo volume VI (n.º 22) as palavras: «Não tem importância o erro do patronímico...» devem substituir-se por: Não há erro no patronímico de Monis Viegas, que era filho de Egas Ermiges, como Ermígio Viegas era filho de Egas Monis, o Gasco.

Na mesma página 128 e antes de: «2 − Aquele Gumdosindo...» deve ler-se: Estes é que foram os senhores da Terra de Santa Maria a quem sucedeu o Ermígio Monis, por o 8 Nuno Soares não ter descendência.

Na mesma página 128 e antes do «6 − Fromarígio Soares:» deve ler-se: Entre o 5 − Soeiro Nunes e o 6 Fromarígio Soares é necessário intercalar mais gerações e assim suponho terem existido:

6 − Nuno Soares, segundo do nome; Seria o pai de D. Maria Nunes casada com Moninho Osorez e mãe do Martim Monis que se atravessou na porta do castelo de Lisboa.

7 Soeiro Nunes.

8 Soeiro Soares (Port. Mon. Hist., 205, de 17 de Fevereiro de 1008).

9 (e não 6) Fromarígio Soares...

10 (e não 7) Soeiro Fromariges...

11 (e não 8) Nuno Soares... Morrendo sem descendência este Nuno Soares herdou o senhorio da Terra de Santa Maria o 7 Ermígio Monis, por ser o mais velho dos irmãos.

Solenizo os quinze anos de devotada colaboração no Arquivo do Distrito de Aveiro com esta confissão geral sincera e desassombrada. Poenitet me.

Feira, 5 de Setembro de 1953.

VAZ FERREIRA

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