A MINHA colaboração
neste Arquivo do Distrito de Aveiro vem desde Dezembro de 1938, há quase quinze anos; mas não
começou bem. Logo na segunda palavra deixei um erro palmar. Palmar quer
dizer daqueles que merecem palmatória. Em vez de Sul escrevi «Poente», de maneira
que o Castelo da Feira ficava desnorteado, visto da vila para o lado do
mar.
Duas páginas adiante, farto de ter esquadrinhado na árvore genealógica
dos condes da Feira uma D. Inês solteira, cuja lisonja simples eu via na
capela-mor da igreja matriz da vila, atribuí à neta do quarto conde D. Joana
de Castro o custeio das obras dessa capela. Tais obras, porém, foram ordenadas no testamento de D. Inês de Castro, filha do terceiro
conde da Feira, D. Manuel, e da condessa, D. Francisca Henriques, em
cumprimento de legados dos seus irmãos e dela. Por as armas da fundadora
estarem numa lisonja simples, fui induzido a julgá-la solteira; porque,
tendo casado, devia a lisonja ser bipartida e mostrar no primeiro
triângulo as armas do marido. Não era solteira nem casada. Viuvara já do
vice-rei D. Antão de Noronha. Errei levado pelos testamenteiros da D.
Inês que puseram na capela-mor da Feira as armas dela desacompanhadas
das do marido. Portanto na página 261 do volume IV (n.º 16) devem
substituir-se as palavras: «D. Joana de Castro, neta do 4.º conde D.
Diogo, por começos desse século» pelas: D. Inês de Castro, filha do 3.º
conde da Feira, D. Manuel Pereira e da condessa D. Francisca Henriques,
e viúva do vice-rei D. Antão de Noronha. Foi começada a 6 de Abril de
1618.»
Na página 126 do volume VI (n.º 22) atribuí como filho
ao Ermigio Viegas «6 − Múnio Ermigues...» Essas quatro
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linhas devem substituir-se e emendar-se tudo quanto segue, ficando a
entender-se:
5 − Ermígio Viegas (43) e é seu filho:
6 − Egas Ermiges falecido antes de
1091 sem descendência.
0 6 − Múnio Ermiges, governador do Porto, não
era desta família.
Do 5 − D. Múnio Viegas, segundo do nome, citado na página 125 e
casado com D. Unisco Trastamires foram filhos:
7 − Ermígio Monis... Era o mais velho dos irmãos.
7 − Mem Monis...
7 − Egas Monis...
7 − Martim Monis... Sendo este duvidoso.
Na página 128 do mesmo volume VI (n.º 22) as palavras:
«Não tem importância o erro do patronímico...» devem substituir-se
por: Não há erro no patronímico de Monis
Viegas, que era filho de Egas Ermiges, como Ermígio Viegas era filho
de Egas Monis, o Gasco.
Na mesma página 128 e antes de: «2
− Aquele Gumdosindo...» deve
ler-se: Estes é que foram os senhores da Terra de Santa Maria a quem
sucedeu o Ermígio Monis, por o 8 − Nuno Soares não ter descendência.
Na mesma página 128 e antes
do «6 − Fromarígio Soares:» deve ler-se:
Entre o 5 − Soeiro Nunes e o 6 − Fromarígio Soares é necessário intercalar
mais gerações e assim suponho terem existido:
6 − Nuno Soares, segundo do nome; Seria o pai de D. Maria Nunes casada
com Moninho Osorez e mãe do Martim Monis que se atravessou na porta do
castelo de Lisboa.
7 − Soeiro Nunes.
8 − Soeiro Soares (Port. Mon.
Hist., 205, de 17 de Fevereiro de 1008).
9 (e não 6) − Fromarígio Soares...
10 (e não 7) − Soeiro Fromariges...
11 (e não 8) − Nuno
Soares... Morrendo sem descendência este Nuno Soares herdou o senhorio
da Terra de Santa Maria o 7 − Ermígio Monis, por ser o mais velho dos irmãos.
Solenizo os quinze anos de devotada colaboração no
Arquivo do Distrito
de Aveiro com esta confissão geral sincera e desassombrada. Poenitet me.
Feira, 5 de Setembro de
1953.
VAZ FERREIRA
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