João Domingues Arede, Estradas romanas no distrito de Aveiro, Vol. IV, pp.25-35.

ESTRADAS ROMANAS

NO DISTRITO DE AVEIRO

E, NOMEADAMENTE, A DE LISBOA AO PORTO, E A DE AVEIRO A VISEU, E SUA IDENTIFICAÇÃO POR DOCUMENTOS ESCRITOS E MONUMENTOS HISTÓRICOS

I

ESTRADA DE LISBOA AO PORTO, NO DISTRITO DE AVEIRO

LOCALIZAÇÃO DA TALÁBRIGA E LANGÓBRIGA


PROVAS POR DOCUMENTOS ESCRITOS:

DOCUMENTOS dos séculos XI e XII e de tempos posteriores acusam a existência de um caminho clássico, principal artéria de ligação do norte com o sul do país pela faixa ocidental. Os mesmos documentos permitem estabelecer o picteado desse caminho que se ajustava, sem grandes desvios, à antiga Estrada Real de Lisboa ao Porto.

1.º Uma escritura de 1148, que coloca Brantãis, da freguesia de Sermonde, concelho de Gaia, abaixo da estrada mourisca subter illam Straiam Mouriscam. (Anaes do Município de Oliveira de Azemeis, a págs. 13 e 14).

2.º Diplomas de 1096 e 1098 (Port. Mon. Hist.) N.os 842 e 870) situam Aldriz, de Argoncilhe, concelho da Feira, do lado de cima (a nascente) da estrada super stratam, e várias herdades do território do «Castro», ou «Civitas» Portela (Romariz) de um e outro lado da estrada sive super strada comodo subtus illa strada.

3.º A venda de uma herdade nos limites de S. João da / 26 / Madeira a marginar com a estrada mourisca ab illa strada mourisca ata illo veneiro. (Cf. Arquivo do Distrito de Aveiro, voI. lI, pág. 67).

4.º Similar diploma de 1145, que localiza Azevedo, de S. Vicente de Pereira, abaixo (a poente) da estrada mourisca in villa dicta azevedo subtus illam stratam mauriscam. (Baio Ferrado, de Grijó, pág. 99, v.º, na Torre do Tombo).

5.º A carta do Couto de Osseloa, de 1117, fala na Pedra de Águia, ponto de partida da demarcação do Couto, junto da qual passava a estrada «que desce do Portugal» Gaia, chamada no Livro Preto «sancta marina de portugal». (Cf. Arq. do Dist. de Aveiro, voI. lI, pág. 23). Osseloa, segundo as melhores opiniões, identifica-se com Assilhó, bairro da vila de Albergaria-a-Velha.

VITERBO, no Elucidário, identifica aquela estrada com a antiga Estrada Real de Lisboa ao Porto: julga, porém, tratar-se duma estrada aberta pelos mouros em substituição da estrada romana que correria pela beira-mar entre o Oceano e Langóbriga, e determinados acidentes geomorfológicos teriam tornado intransitável. (Cf. Anais do Município de Oliveira de Azeméis, pág. cit).

VITERBO não dá a razão do seu dito, mas percebe-se que se funda em duas coisas:

a) O chamar-se nos documentos a via em referência «estrada mourisca». Isto, porém, nada fundamenta, porque sempre foi vêzo do vulgo atribuir aos mouros todas as obras de vulto e antigas, como castros, castelos, pontes, fontes, etc.

b) O preconceito de que a Talábriga era a actual Aveiro, o que induzia a supor que a Via Militar de ligação daquela estação com a de Cale deveria subir ao longo e perto da costa marítima.

6.º O testamento de D. Sancho Pires, Bispo do Porto, feito em 1332, que mandava dar 100 morabitinos antigos e mais 20 libras para acabamento da Ponte do Vouga e da de Águeda, como se lê no Censual do Cabido do Porto, a pág. 436: «Item Mandamus C. morabitinos ueteres quos damus pro anulis de Roby et de Esmeralda qui fuerunt patris nostri pontibus de vouga et de Agata pro anima patris nostri vel illius a quo ipsum anulum habuit si ad eum de iure spectat et praeter hoc mandamus ipsis pontibus XX.ti libras»; e o IV Anacrisis Hist. (lI Parte) Episcopológio, de PEREIRA NOVAIS, a pág. 33 que, referindo-se ao mesmo testamento, diz; «Dexó dineros para que se acabassen Ias Puentes del Rio Vouga y deI Agueda, en la estrada de Lisboa». / 27 /

A PONTE VELHA NO MARNEL DO VOUGA

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PROVAS POR MONUMENTOS HISTÓRICOS:

1.º A Ponte romana do lugar da Pica, em Cucujães. No seu percurso em o concelho de Oliveira de Azeméis, a velha Estrada Real descia de São João da Madeira em direcção à Ponte romana da Pica que atravessava, tendo antes passado pelo meio do lugar de Faria de Cima e também do de Faria de Baixo, em parte, ambos de Couto de Cucujães, e distanciados da Estrada Nacional cerca de 150 metros, do lado poente. A mesma estrada seguia para Carcavelos, de Santiago de Riba de UI, que também cortava, e daí para Lações de Oliveira de Azeméis, a poente da referida Estrada Nacional e não longe dela.

O picteado desta velha Estrada Real, tanto no lugar da Pica e Carcavelos, como em Lações de Oliveira de Azeméis, dá-nos a quase certeza de que a mesma era o segundo avatar da Via Militar de Antonino.

2.º O miliário de UI, exumado dos alicerces da antiga Igreja da mesma freguesia de UI, situada a pouca distância da referida estrada, tem a seguinte inscrição, decifrada e traduzida pelo eminente epigrafista JOSÉ FORTES:

Tib . Caesar . Divi . Avg .
Filivs Avgvstvs
Pontifex Maxvm
Trib . Potest . XXV
XII


Tradução:

Tibério César Augusto
Filho do Divo Augusto
Pontífice Máximo
No ano XXV do seu Poder tribunício
Milha XII.


3.º
A Ponte romana, intransitável desde há muito tempo, no MarneI do Vouga.

4.º O miliário da Mealhada, encontrado, segundo MARQUES GOMES, a 630 metros daquela vila, com a seguinte legenda:

SAR DIVI
PON AVG
MAXTRIB
COS DESI
P. P.
XII

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Tradução:

César, filho do Divo Augusto,
Pontífice Máximo
Com o Poder Tribunício,
Cônsul eleito,
Pai da Pátria.
Milha XII.

É, pois, certo, que a Estrada de Lisboa, acima referida e assinalada, sobretudo pelas últimas provas aqui apresentadas, era a Via Militar romana de Antonino, porquanto não consta que os povos bárbaros, mouros e leoneses que, sucessivamente, dominaram o nosso país, tivessem construído estradas e pontes de grande importância, posto que o povo, como já se advertiu, às estradas e pontes romanas, continue a chamar mouras ou mouriscas.

Há quem objecte que os miliários podiam ter vindo de grande distância para o sítio onde foram encontrados. A objecção não procede, pelo menos quanto ao de UI. Este não foi aplicado na construção da primitiva Igreja como obra de arte ou por sua singularidade, pois foi atirado, como alvenaria de encher, para a entulheira dos alicerces. Ora hoje ainda há na localidade rocha de granito de qualidade e bastante para a construção de algumas dezenas de igrejas, como a referida, não se justificando, portanto, a necessidade ou conveniência de se ir buscar muito longe um bloco de pedra para arrasar com ela os alicerces de um edifício.

A passagem da Via Militar de Antonino pela Ponte da Pica, em Cucujães, por UI, Vouga, MarneI, Águeda e Mealhada, no distrito de Aveiro, identificada, bem mostra que serviu de decalque à velha Estrada Real a mesma Via Militar Romana.

É, pois, pelo leito desta que se deve fazer a contagem das milhas para a localização da Langóbriga e Talábriga.

 

LOCALlZAÇÃO DA LANGÓBRIGA E TALÁBRIGA NO DISTRITO DE AVElRO:

De facto, a distância quilométrica de Coimbra a Gaia, segundo os antigos corógrafos que, decerto, se basearam na medição pela velha Estrada Real, exprime-se pelo número 105, correspondente às 71 milhas do Itinerário de ANTONINO, assim repartidas na edição Parthey-Pinder, Berlim, 1848:

De Emínio a Talábriga 40 milhas ou quilómetros............ 59,240
De Talábriga a Langóbriga 18
milhas ou quilómetros......... 26,658
De Langóbriga a Cale 13
milhas ou quilómetros................. 19,253

/ 30 /

Em face desta Tabuada:

Talabriga devia estanciar bastante ao norte do Vouga, por alturas da Branca, que dista de Coimbra e Porto, respectivamente e aproximadamente 60 e 46 quilómetros, conclusão a que, já em 1907, chegou o eminente arqueólogo Dr. FÉLlX ALVES PEREIRA, como consta do seu opúsculo Páginas arqueológicas III Situação conjectural de Talábriga, a pág. 2I.

Langóbriga a 19 quilómetros de Gaia, tem de se buscar ao norte da Vila da Feira, entre São João de Ver e Lourosa.

O miliário XII da Mealhada só pode marcar a distância desta vila a Emínio, que é realmente de 12 milhas ou 18 quilómetros, verificando-se assim que entre Emínio e Talábriga a contagem miliar se fazia do sul para o norte.

Pelo contrário, o miliário XII de UI indica que a contagem, neste sector, se fazia do norte para o sul, porquanto de Ul à Branca apenas se contam 8 quilómetros, ou 5,5 milhas.

Entre Lourosa e Ul cabem, sem fortes acotovelamentos, as doze milhas da conta.

Este arranjo é, a nosso ver, o que melhor se harmoniza com todos os dados que entram em jogo na solução do velho problema.

A notada contradição entre os cipos de Ul e Mealhada, quanto ao sentido da contagem, parece-nos de importância secundária.

Há os que argumentam com o texto de Plínio: «A Durio Lusitania incipit: Turduli Veteres, Paesuri: Flumen Vacca: Oppidum Talabriga» para localizarem esta cidade na margem esquerda do Vouga.

Sedutora hipótese, que encaixava à maravilha Talabriga na estação arqueológica do Cabeço do Vouga, a «civitas Marnelae» do Portug. M. Hist. perto da antiga estrada e velhíssima ponte, para cuja fábrica ou reconstrução contribuiu D. Sancho Pires, Bispo do Porto, como já fica referido, e Langóbriga, arrastada por Talábriga, desceria para o «castelo» ou crasto de Lações, sonho obsidiante do velho abade de Oliveira de Azeméis Dr. Oliveira Ferreira.

Mas de Lações (paróquia de Azeméis) a Gaia vai o dobro da distância, que no ltinerario separa Langóbriga de Cale, e do MarneI a Coimbra deve apurar-se menos 10 milhas que as contadas por Antonino entre Emínio e Talábriga.

E com os números, que têm a inflexível rigidez das matemáticas, não se brinca.

Pô-los em dúvida?

Seria abrir as portas do septicismo em relação aos restantes dados do problema. / 31 /

*

*        *

O Códice Florentino (século XI) altera bastante, quanto à contagem das milhas, os números da edição berlinense do Itinerário, mas a sua tabuada está evidentemente errada.

Segundo ele, Talábriga, a XI milhas de Emínio, não podia ultrapassar a vila da Mealhada e, nesta hipótese, a milha XII só podia contar-se a partir de Talábriga e o respectivo cipo não podia ser encontrado na dita vila.

Langóbriga tomaria o anterior lugar da Talábriga na Branca.

Mas Cale é que se não pode deslocar de Gaia.

Desta à Branca contam-se 46 quilómetros, e a distância que separava Cale de Langóbriga, segundo a edição alemã do Itinerário e o Códice Florentino, era de XIII milhas ou quilómetros 19,253.

II

IDENTIFICAÇÃO DA ESTRADA ROMANA DE AVEIRO PARA VISEU E DE UM SEU RAMAL PARA VOUZELA

A velha estrada de Aveiro a Viseu, que era uma via secundária romana, na sua direcção também passava em A-dos-Ferreiros, donde partia um ramal para Vouzela.

Pela documentação e dedução que segue, se verifica que essa estrada com o seu ramal coincidia, com poucas variantes, com as estradas suas sucedâneas, e outras em construção.

PROVAS POR DOCUMENTOS ESCRITOS:

1.º Uma Memória sobre a Vila de Aveiro faz referência a uma estrada em Aveiro com a denominação de Caminho rial. Diz a Memória: «Da ponte para a parte austral se continua com a pequena subida o quarto bairro que é o melhor e o mais antigo da vila em que reside quase toda a nobreza dela; e este (bairro) somente é cingido de altos muros... Tem estes... nove diversas entradas... e é a primeira a que chamam a da Vila, da qual sai para o caminho rial uma larga rua...». (Arquivo do Distrito de Aveiro voI. III, a pág. 93).

É de supor, portanto, que o referido caminho rial seja o sucedâneo da Estrada Romana de Aveiro a Viseu, e também do seu ramal para Vouzela com princípio em A-dos-Ferreiros.

2.º O Roteiro Terrestre do Mapa de Portugal Tomo III, :pág. 58, 59 por JOÃO BAUTISTA DE CASTRO, descreve o itinerário da mesma estrada e seu ramal, como segue:

/ 32 /

a) A estrada a partir de Aveiro em direcção a Viseu:

«De Aveiro a Eixo
Á Palhaça
Á Arrancada
A dos Ferreiros
A Cabeça do Cão
A Urgueira
A Monte Têso
Á Portela
A S. Miguel de Outeiro
À Cruz Alta
A Viseu.»


b) Um ramal da mesma estrada, a partir de A-dos-Ferreiros em direcção a Vouzela:

«De Aveiro á Palhaça
A Arrancada
Á dos Ferreiros
Ás Talhadas
Ás Benfeitas
A Ponte Fóra
A Santiaguinho
A Vouzela.»


PROVAS POR MONUMENTOS HISTÓRICOS:

1.º A Ponte Romana do Alfusqueiro na velha estrada de Aveiro a Viseu. De A-das-Ferreiros descia a velha estrada em direcção a Viseu, que lhe fica a sudeste, para atravessar a gigantesca ponte que dista de A-dos-Ferreiros cerca de 1500 metros, e daí avançar para Cabeça do Cão, da freguesia do Préstimo, continuando para a Urgueira, da freguesia de Macieira de Alcôba, do distrito de Aveiro; e, a seguir, para Monte Têso, S. Miguel do Outeiro, Cruz Alta e Viseu, do distrito de Viseu.

Prosseguindo seguem ainda dois outros argumentos provando também a passagem da mesma estrada pelos locais supramencionados:

a) Descrição da Ponte do Alfusqueiro. Diz ED. SCHETTER, Engenheiro de Minas: «Quem sair do Préstimo para...

[NOTA Em Arrancada cruzava a estrada de Lisboa com a velha estrada de Aveiro a Viseu, como consta da tradição, e de uma antiga Carta das vias militares, intitulada: Mapa das Estradas e Vias Militares de Portugal (extraído do que se publicou em Londres, em 1811).]
/ 33 /
  [Vol. IV - N.º 13 - 1938]

...Adosferreiros atravessa uma ponte lançada sobre o Rio Alfusqueiro. A referida ponte, pelas suas características, não deixa duvida nenhuma sobre a sua origem romana. As suas líneas exteriores, o corte dado às pedras, o encaixamento das mesmas,enfim o conjunto geral só na architectura romana se encontram. Alem disso, na vertente de uma serra proxima á ponte notavam-se ainda, ha duzia de anos, vestigios de caminhos romanos. No tope, o caminho das vigias. Mais abaixo, uns 40 a 50 metros, o caminho principal por onde passavam as tropas». (Carta ao Rev. Abade João Domingues Arede, datada de Minas de Várzeas Trevões Alto Douro, de 21 de Dezembro de 1923).

Ponte romana sobre no rio Alfusqueiro, no caminho de A-dos-Ferreiros para Préstimo.

A mesma ponte assenta, do poente, na base duma / 34 / serra, e do nascente no sopé duma língua de monte, banhada pelo rio Alfusqueiro, e tem um só olhal limitado por um arco, de pedras bem ajustadas e encaixadas, o qual, visto no seu conjunto com o arco formado pelo leito do rio, apresenta uma grande circunferência. O seu tabuleiro mede 5,49 m. de largura, não incluindo na medição os bordos ou guardas da ponte.

b) Sulcos de rodados de carro em rocha. Além de Cabeça do Cão, sítio já referido, cerca de 800 metros, onde chamam «Tulha do Magro», à vista da povoação do Rio de Maçãs, segue o caminho antigo um pouco inclinado do lado poente que mostra seis grandes sulcos de rodados largos, de viaturas, correndo paralelos sobre rocha, na extensão de uns quinze metros, ainda que mais descidos alguns no declive da mesma rocha. Esses sulcos medem 1,40 m. de centro a centro, ou seja, de rodeiro, sem incluir as penas, donde se conclui que os carros desses tempos longínquos eram mais largos que os carros de bois, nos tempos de hoje.

2.º Os miliários de Reigoso e Benfeitas no ramal da velha estrada de Aveiro para Vouzela. Estes miliários são documentos autênticos do percurso continuado do referido ramal, com princípio em A-dos-Ferreiros, e seu prolongamento pelas Talhadas, do distrito de Aveiro; e Benfeitas, Ponte-Fora, Santiaguinho e Vouzela, do distrito de Viseu.


PROVAS TRADICIONAIS:

1.º Meios de transporte. Nos tempos antigos eram usadas viaturas com rodas de cambas e miul, de bastante fortidão, para transporte, como o demonstram os sulcos fundos na rocha, já referidos. Em tempos posteriores, a condução de mercadorias de Aveiro para Viseu e Vouzela, era em bestas de carga, as quais, de campainhas e chocalhos ao pescoço para afugentar o sono, e pontas de veado na testa para espantar o diabo, seguiam, de rédea segura pelo almocreve, a velha estrada de Aveiro para Viseu e o seu ramal para Vouzela. Os caminhos de hoje, na maior parte do seu percurso, transformados em novas estradas, ajustam-se, com poucas variantes, aos velhos caminhos.

2.º Ferrarias. Havia oficinas de ferraria em Arrancada, A-dos-Ferreiros e Urgueira para o serviço de pôr ferraduras em bestas de carga e cavalar. O último ferrador de A-dos-Ferreiros tinha o nome de Joaquim de Almeida Vidal, e o da Urgueira o nome de José Fernandes de Carvalho.

Com o Caminho de Ferro da Beira Alta e sua abertura à exploração, em 1882, acabaram as ferrarias nas povoações / 35 / supramencionadas e, ao mesmo tempo, o transporte de mercadorias pela velha estrada de Aveiro para Viseu.


PROVA POR DEDUÇÃO:

Número único No tocante à velha estrada e seu ramal, já referidos, o Roteiro apenas menciona os pontos altos que a mesma estrada e ramal atravessavam na sua respectiva direcção, tendo deixado em silêncio os outros pontos intermediários ainda que baixos e de maior importância. Esses pontos mais elevados, com vista de uns para outros, dão a certeza de que os referidos pontos elevados eram verdadeiras vigias militares para assegurarem a passagem afoita das coortes romanas.

Cucujães, 24 de Setembro de 1937.

Abade aposentado JOÃO DOMINGUES AREDE

 

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