O ARQVIVO DO DISTRITO DE
AVEIRO dará sempre notícia das obras à sua Redacção enviadas quer por
autores quer por editores.
De harmonia com a prática
seguida pelas publicações suas congéneres, fará também algum comentário
crítico aos livros de que receba dois exemplares.
Receberam-se e muito se
agradecem as publicações seguintes:
RAUL ESTEVES DOS SANTOS
Breves notas sobre a vida da Revista Portuguesa de Comunicações
desde a sua fundação de Julho de 1929 a Agosto de 1935.
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MANUEL DOS SANTOS COSTA
«MONOGRAFIA DA VILA DE SOZA»
Edição do autor, 1931
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A. COSTA FERREIRA
«INÍCIO DA LEITURA»
Porto, Companhia Portuguesa Editora, Ld.ª; 2.ª edição, s. d.
«GUIA DO
PROFESSOR»
«OS MEUS BONECOS»
«OS MEUS EXERCÍCIOS»
«OS MEUS JOGOS»
Porto, Companhia Portuguesa Editora, Ld.ª, s. d.
O sr. professor A. COSTA FERREIRA procura, nesta série de opúsculos
destinados ao ensino primário, contribuir com o seu esforço pessoal para
o melhoramento da pedagogia que à sua prestimosa classe está
praticamente confiada.
É uma simpática tarefa que merece todo o auxilio; e conquanto a bibliografia portuguesa das
1.as letras seja hoje abundante e venha, de há
muito, explorando o lado prático do problema, aproximando-se, por vezes,
dos excelentes métodos de iniciação estrangeiros, nunca são demais as
contribuições
/
334 / tendentes a facilitar à criança a técnica da leitura e a aplanar
o caminho aos nobres missionários da Instrução Primária.
Conseguem esse fim as publicações do sr. A. COSTA FERREIRA
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«GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA»
Encontra-se publicado já o fascículo X desta magnífica obra à qual nos
parece estar destinado um êxito sem precedentes na bibliografia
dicionarista portuguesa.
O trabalho de compilação que revela
é bem feito, e não há senão que
louvar os seus organizadores. Pena é que a investigação por vezes o não
acompanhe no mesmo ritmo, resultando daí deficiências que se não
compadecem com o espírito histórico de nossos dias, mais científico e
cauteloso.
Queremos referir-nos às monografias locais, que reclamam outra
orientação e melhor conhecimento da bibliografia.
O que, por exemplo, se lê na Enciclopédia a propósito da vila de
Águeda,
no nosso distrito, já hoje não encontra facilmente aceitação. A questão
de Emínío está, de há muito, arrumada, e Águeda nada tem que ver com
ela.
E para que se há-de dizer ainda que
os celtas, os túrdulos e os gregos
(nada menos...) fundaram Águeda 370 anos antes de Cristo?
Deixemos em paz o Emínio, a Anégia, o Pe CARVALHO DA COSTA e o PINHO
LEAL; tudo isso fez o seu tempo e tem de ser hoje rigorosamente joeirado
se não queremos perder o sentimento das proporções que a História
actualmente não dispensa.
Os nossos arquivos e bibliotecas estão cheios de documentos e de livros,
e os nossos museus arqueológicos possuem magníficos elementos de
informação; uns e outros pedem apenas que os visitem e os interroguem.
Albergaria-a-Velha foi outra vila do distrito monografada já pela Enciclopédia. Conquanto a sua descrição seja sucinta, apresenta um
equilíbrio
que à de Águeda falta; pobreza envergonhada, talvez; preferível, contudo,
à falsa riqueza que a vizinha ostenta.
R. M.
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LABOR, revista portuguesa do
Ensino Secundário, publicada em
Aveiro.
Recebemos os n.os 66 a 68.
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