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Estará no veneno dos sapos a cura do cancro e das doenças do coração? |
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É velha crença que os sapos elaboram
líquidos venenosos. A Ciência mais uma vez confirma a justeza da
observação popular.
Mais ainda: mostrou que eles têm efeitos medicinais e expôs a natureza
destes. Tais tóxicos provêm de certos folículos sebáceos, são dotados de
elevada percentagem de azoto e água, principalmente, sobre o coração.
O sapo não pode expelir os venenos, à sua vontade. A secreção faz-se
quando o bicho é presa de certa excitação e tem o cheiro característico
que todos conhecem.
A maior parte dos venenos animais (os das serpentes e dos escorpiões,
por exemplo) são albuminosos; – os do sapo, tanto pela composição
química como pelos efeitos, aproximam-se dos tóxicos vegetais, sobretudo
dos extraídos da digitális e da cila. A acção dos venenos exerce-se
sobretudo nas camadas musculares do coração e faz-se também sentir na
pressão arterial. Absorvido em certa quantidade, esse tóxico paralisa os
centros motores do cérebro e da espinal. Absorvido em certa quantidade,
esse tóxico paralisa os centros motores do cérebro e da espinal medula.
Não fica por aqui a semelhança entre o veneno do sapo e o da digitális:
ambos têm sabor amargo, ambos provocam a insensibilidade das conjuntivas
e da córnea. Alguma razão tinha o povo, pois, para crer que o veneno do
sapo provoca a cegueira... O tóxico do sapo já tem sido empregado, com
êxito, na substituição da cocaína, em operações oftalmológicas. Esse
mesmo veneno também está a ser empregado contra as dores de dentes e
contra o cancro.
As doenças do coração são talvez o maior flagelo da Humanidade. Estará
no sapo a sua eliminação ou, pelo menos, a sua minoração? |