Ao tratarmos dos limites da cidade no primeiro quartel do século XIX
e ainda até ao meado do seguinte, mencionamos algumas alterações e
melhoramentos efectuados principalmente no segundo quartel do dito
século.
Resta, porém, apontar alguns efectuados no interior da cidade.
No largo do Espírito Santo, entre as aberturas das ruas de S.
Sebastião e S. Martinho, no local onde hoje está uma casa construída
pelo Padre Manuel Mário da Encarnação Pinto, existia a igreja paroquial
da freguesia do Espírito Santo, composta do bairro de Cimo de Vila, como
então se chamava e ainda hoje se chama à parte da cidade construída fora
das muralhas, e ao sul destas de mais algumas ruas da cidade e dos
lugares de Vilar e S. Bernardo; ora, como a parte que esta freguesia
tinha na cidade era a mais pobre e os habitantes daqueles dois lugares
apenas viessem à igreja para cumprir o preceito quaresmal, tendo
capelães que lhes diziam missa nos dias santificados nas respectivas
capelas, cujo culto e mais despesas de conservação e ornatos eram feitos
à custa dos mesmos habitantes, seguia-se daí que esta igreja fosse das
quatro paróquias a mais pobre e a mais mal tratada, carecendo de alfaias
e ornamentos.
E quando por ocasião da demolição da igreja de S. Miguel, em 1835,
foi erecta em paroquial a do convento de S. Domingos, reunidas em uma as
duas freguesias, ao sul do canal da cidade, assim como também o foram as
duas freguesias do norte, foi abandonada a igreja do Espírito Santo(6), sendo
fechada ao culto, e arruinando-se pouco a pouco, até que em 1858 foi
demolida, e assim como o cruzeiro que no largo havia em frente da porta
principal, e mais tarde, em 18... foi levantado um chafariz, que agora
se acha no mesmo largo. |