«Hoje venho pedir um check-up geral!»

Os chamados "check-up gerais" são exames prescritos a pessoas aparentemente saudáveis e sem nenhuma queixa específica, com o objetivo de detetar precocemente alguma patologia. Este é um motivo muito frequente de consulta e cerca de 99,2 % dos adultos portugueses acredita que deve fazer exames de rotina ao sangue e à urina anualmente.

É importante perceber que todos os exames de "rotina" acarretam consequências, nomeadamente falsos diagnósticos e exposição a radiação. Para além disto, podem conduzir à deteção de alterações que não teriam qualquer impacto na vida da pessoa e que apenas vão gerar preocupação, ansiedade e recurso a cadeias de exames e até mesmo intervenções terapêuticas desnecessárias. É fundamental avaliar o risco e o benefício dos exames pedidos para cada situação em concreto.

Qual é então o problema? Vejamos um exemplo:

Quando é que devemos fazer exames?
Os exames estão indicados na presença de queixas específicas, fatores de risco ou alterações encontradas ao exame objetivo que justifiquem estudo adicional. É importante ter em consideração que benefício é que nos vai trazer aquele exame e de que forma o resultado encontrado vai alterar a nossa forma de atuação.

Faz sentido manter um acompanhamento regular no Médico de Família de forma a abordar a prevenção da doença, realizar exame objetivo e avaliar a presença fatores de risco. Sempre que se justifique, esta avaliação pode e deve ser complementada com exames complementares de diagnóstico.

É fundamental acima de tudo adotar um estilo de vida saudável, com alimentação cuidada, prática de exercício físico e evicção de hábitos prejudiciais. Se fizer sentido, acompanhem as receitas saudáveis de cada edição do jornal bem como as caminhadas semanais da USF Moliceiro.

Dr.ª Inês Osório

Interna de Medicina Geral e Familiar

Fonte: Estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto sobre a utilização dos serviços de saúde em Portugal


Dia Mundial do Dador de Medula Óssea

O Dia Mundial do Dador de Medula Óssea, celebrado no 3.º sábado de setembro, que este ano calha no dia 17 de setembro, pretende agradecer a todos os dadores de medula óssea e sensibilizar para a inscrição como dador de medula óssea.

O transplante de medula óssea é um tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como por exemplo as leucemias. A colheita pode ser realizada pela extração de medula óssea ou a partir do sangue periférico.

Para se inscrever como dador de medula óssea apenas tem de responder a um questionário clínico e de realizar uma colheita de sangue. É necessário ter entre 18 e 45 anos, ter no mínimo 50 Kg e 1.50 m de altura, ser saudável e nunca ter recebido uma transfusão de sangue, desde 1980.

A inscrição como potencial dador de medula óssea poderá ser realizada nas brigadas móveis do IPST, consulte

 https://www.dador.pt

para encontrar um posto de colheita perto de si.

Dr.ª Andreia Andrade
Interna de Formação Geral (CHBV)

 

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