Doença de
Osgood-Shlatter — Uma causa frequente de dor nos joelhos em
adolescentes
A
doença
de
Osgood-Shlatter é
causada por uma
inflamação do osso e da cartilagem na parte superior da tíbia.
Geralmente
ocorre em
crianças adolescentes
entre os
9-14
anos de idade que
sofreram um
surto
de crescimento rápido.
É mais comum nos
rapazes e ocorre
mais frequentemente em crianças e/ou adolescentes
desportistas,
nomeadamente praticantes de desportos que envolvem corrida e salto
(futebol, basquetebol, voleibol, ginástica, patinagem artística,
ballet…).
Habitualmente os adolescentes queixam-se de
dor,
inchaço e sensibilidade na região anterior do joelho, imediatamente
abaixo da rótula.
A dor piora com o exercício físico e alivia com o repouso.
O
diagnóstico pode
ser feito
através da avaliação médica,
dos sintomas e do exame objetivo dos joelhos. Em alguns casos pode
ser necessário uma radiografia para confirmar a suspeita clínica.
A boa
notícia é que a doença de
Osgood-Schlatter
é, geralmente, uma
doença
benigna e autolimitada
(curso normal varia entre 6 a 18 meses, durante os quais os sintomas
podem aumentar e diminuir). Os
sintomas desaparecem
assim que a placa de crescimento é ossificada, ou seja,
com a
idade.
Desta
forma, o
tratamento
consiste em procurar
aliviar os sintomas
(analgesia, gelo, …), com
repouso nos períodos de maior dor,
não sendo uma condição impeditiva da prática de exercício físico.
O
papel
do Médico de Família
é fundamental pois a suspeição clínica e o alerta para esta entidade
pode
evitar
erros diagnósticos e exames complementares desnecessários.
Além disso, a clarificação da benignidade e do caráter autolimitado
do problema são importantes na orientação destes jovens e da
família, bem como o acompanhamento para minimização de sintomas e
avaliar sinais de alarme.
Dr.as Leonor Amaral, Joana Glória e Sara
Rodrigues
Internas
de Medicina Geral e Familiar
(USF Santa
Joana, USF Moliceiro e USF Esgueira +) |
Dia Mundial da Prevenção
do Cancro do Colo do Útero
A
26 de
março celebra-se o
Dia
Mundial da Prevenção do Cancro do Colo do Útero.
O
cancro
do colo do útero é
o
quarto
tipo de cancro mais frequente nas mulheres,
sendo uma
doença
evitável.
O
vírus
do papiloma humano (HPV)
está no centro do desenvolvimento desta patologia, sendo de
transmissão sexual.
Numa
fase
inicial a maioria
das mulheres é
assintomática e o
diagnóstico é feito através do rastreio.
A
redução da incidência e mortalidade
é possível através de
medidas de prevenção.
Prevenção primária
-
Vacina
contra o HPV:
· ▪
Raparigas aos
10
anos
(PNV);
· ▪
Rapazes nascidos a partir de 2009,
aos
10
anos
(PNV);
· ▪
Extra-PNV.
Prevenção secundária:
Programa
de
rastreio em Portugal:
· ▪
Mulheres dos
25 aos
60 anos;
· ▪
Citologia em
intervalos de
3 em 3
anos, ou
teste
HPV alto risco em
citologia em intervalos de
5 em 5
anos.
O
rastreio é
simples e está
acessível nas consultas de
Planeamento
Familiar,
permitindo
detetar e
tratar
lesões pré-malignas,
evitando a sua evolução para cancro.
Marque consulta de Planeamento Familiar
com o seu Médico e Enfermeiro de Família e
faça o rastreio!
Dr.ª Inês Osório
Interna de Medicina Geral e Familiar
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