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Olivais

Nº 00-Lisboa. Olivais. Capa da publicação de 12 postais - Edição Olivais Shoping Center e Junta de Freguesia de Stª Maria dos Olivais, Pelouro da Cultura - Ano 2000 - Dim. 16x10,8 cm - Col. A. Monge da Silva

A mais fabulosa freguesia Lisboeta remonta ao séc. XIV, à data de 1397, quando o Arcebispo de Lisboa, D. João Anes, a 6 de Maio, cria a paróquia e a freguesia no lugar onde teria sido construída, nesse século, a igreja da Praça. A lenda então existente falava da aparição da virgem no tronco oco de uma oliveira. Por isso, o templo lhe foi dedicado e para o futuro ficou Santa Maria dos Olivais, a Igreja e a freguesia.

Mas Olivais Velho só começou a estruturar-se no século XVl com a construção das casas em redor da igreja matriz, nascendo assim o primeiro núcleo urbano da região. As propriedades dos arredores pertenciam na maioria às comunidades religiosas. O cruzeiro existente no adro da igreja matriz foi oferecido, no ano de 1636, por Francisco de Paiva da lrmandade de Nossa Senhora do Rosário.
 

A partir do século XVll, a nobreza começa a instalar-se nos Olivais, ocupando algumas quintas até então pertença dos religiosos. Dessa época sobram duas quintas que conservam apenas as suas casas originais: Quinta do Contador Mor e a Quinta da Fonte do Anjo.

Em finais do séc. XVlll, a povoação hoje conhecida por Olivais Velho era uma verdadeira aldeia. Nas traseiras da igreja, o Campo da Feira passou a Rossio, o qual nas suas imediações viu crescer o casario e os primeiros arruamentos: a Rua das Casas Novas, a Calçadinha dos Olivais e a Rua Nova.

A instalação do caminho de ferro Lisboa-Carregado, em 1856, provocou uma alteração radical nos Olivais. Em Setembro de 1852, Olivais passou a Concelho, o maior do país com 22 freguesias, como consequência de uma remodelação administrativa, sendo extinto em 1886.

Em 1874 inaugurou-se a fábrica que viria a modificar a vida de Olivais Velho: a fábrica de estamparias de Francisco Alves Gouveia, instalada na Rua das Casas Novas. Para os operários, em 1882, Francisco Gouveia mandou construir, ao lado da fábrica, um bairro com habitações de renda económica.

Em 1875, entre outras actividades, existiam nos Olivais as fábricas de estamparia, barro e tinturarias de algodão.

Em 1891, inauguraram-se um chafariz e um coreto na Praça da Viscondessa, antigo Largo do Rossio.

Em 1940 é planeado o Bairro da Encarnação – bairro de pequenas moradias em estilo neo-tradicional português, com o formato peculiar de uma borboleta. Na década de 1960, com base num projecto urbanístico, Olivais foi reconstruído com uma finalidade social. Para atenuar os efeitos do cimento e proteger os blocos habitacionais dos cheiros provenientes da zona industrial surge o Vale do Silêncio.

Setembro de 2000

Capa: Serigrafia de J. Xavier Morato

Por ordem de chegada dos exemplares
emprestados pelos coleccionadores.

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Última actualização
06-04-2019