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De origem no divo Marte,
Do ano o terceiro mês,
Renova em beleza e arte...
A Natureza que vês!
Partiu Marte para a
luta...
Era já o fim de inverno,
Na via, cruzou com a paz
A fazer caminho inverso!
Começava nova era!
Encontro que deu paixão
E nasceu a Primavera,
Primeira parte do Verão!
Da luta fez-se a labuta
Que feliz a vida faz!
Posto empenho na disputa,
Forte guerreiro da Paz!
Se na casa mais singela
Quem lá vive feliz é,
Lembra a ermida mais bela
Dedicada a São José!
Logo após o equinócio,
Quando cheia chega a Lua
No Domingo, que aí vem,
Vai o compasso na rua!
Vem a Senhora de Março,
Dita da Anunciação,
Vão do mês mais de três quartos
Vêm pitadas de Verão!
Ora desabrido ou temo,
Vem o Março, marçagão:
Frescas manhãs de Inverno,
Mornas tardes, de Verão!
Arco-íris, lá vai na
serra!
Arco-íris, visto no mar!
Num, cai a chuva na terra!
O outro, deixa-a lavrar!
Jorram mil águas das
fontes!
Natureza a despertar...
Verdes e belos, os montes!
Os barcos, vão eles ao mar!
Sorri a flora a
desabrochar...
Nos prados ondulam cores!
Perfumes e odores no ar...
Despertam encantos e amores!
(texto com cortes...) 03-1995-1996. Aveiro
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