Esta
rara maneira de estar nas coisas simples do dia-a-dia com verticalidade,
a mesma verticalidade que usa nas situações transcendentes da vida, faz
com que o povo alentejano seja, forçosamente, diferente e admirado.
Mas também fazem com
que aqueles, que incapazes de o igualar, interiormente, talvez de forma
inconsciente, o invejem e procurem apoucar.
Ao longo dos imensos
anos de sacrifício e de marginalização (umas vezes declarada outras com
roupagens alindadas), "pegando" de frente a vida, o alentejano partiu
sempre disposto a ser dono do futuro.
Árdua e
orgulhosamente o alentejano impõe-se por onde passa.
Como exemplo pode
ver-se a sua capacidade de organização colectiva nas áreas de emigração,
fazendo parte de associações da mais variada ordem, sempre com posições
motoras e de defesa da sua origem e cultura.
Esta rara maneira de
numa sociedade amorfoseante se erguer, sempre, impondo-se a quem o
procura diminuir por tudo ou por nada, farão sempre dele, apesar do
anedotário e do insulto implícito, um povo de excepção.
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