«Tal caco tal
caqueiro»
«Guerreando, guerreando, vão fazer as pazes à cevada»
Estas frases
apanhadas numa conversa entre alentejanos sobre o processo da
regionalização, são elucidativas da opinião que o
faz-que-faz-mas-não-faz, ataca-aqui-cede-ali, diz-hoje-desmente-amanhã,
praticados pelos políticos que nos governam e têm governado nos últimos
anos, tem provocado neste povo tradicionalmente enganado.
É evidente, que este
cepticismo enraizado nas populações e consolidado pela permanente
desinformação, não ajuda em nada.
Todavia, é preciso
que os alentejanos acreditem que a regionalização é imprescindível, É
preciso que os alentejanos creiam num projecto de desenvolvimento
integrado abrangendo todo o Alentejo, um só Alentejo. É preciso que os
alentejanos ponham a sua indiscutível capacidade e criatividade a
trabalhar e façam coisas, invistam no Alentejo.
É, sobretudo, preciso
que os alentejanos lutem por tudo aquilo a que têm direito, isto é, a
serem donos do seu próprio destino.
Falar
construtivamente de regionalização e desenvolvimento é falar das
pessoas, é falar de evitar a desagregação das famílias provocada pela
emigração ao longo dos anos, é falar da possibilidade de regresso
acreditando, é sentir que o próximo século pode ser o século do Alentejo
e dos alentejanos.
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