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A meu
estimado e inesquecível Pai
– Augusto de Oliveira Guerra
Não se fica a dever a uma atitude demonstrativa de urbanidade que lhe dedico
as modestas palavras, que devido a insistência de um amigo, resolvi passar a
papel, mas sim em homenagem à sua luta titânica, aos sacrifícios e
privações, às contrariedades e invejas que teve de enfrentar desde o
longínquo ano de 1890, quando e apenas com onze anos de idade iniciou na
Real Fábrica de Vidros de Marinha Grande a aprendizagem da arte de vidreiro,
começando certamente pelas operações de "levar acima" e "fechar o molde",
para esperançado e à custa das suas qualidades e méritos pessoais, alcançar
os cargos de sócio-fundador e gerente de um dos maiores, senão o maior
complexo vidreiro que terá existido em Portugal, conseguindo com
proficiência e perseverança de forma decisiva e de uma vez para sempre, a
estabilização da indústria vidreira no Concelho de Oliveira de Azeméis,
quando outros haviam falhado totalmente.
Bem haja, meu Pai.
Assinatura
de
Aurélio Guerra |