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Há quem viva
como o vento,
Trocando terra e
país,
Sem parar nem um
momento,
E sem lá criar
raiz.
Eu, porém, sou
diferente,
Sempre vivi em
Aveiro,
Um dia, é
evidente,
Quero morrer
ceboleiro.
Assim, peço ao
Presidente
Que construa o
Crematório,
Pois eu quero
estar presente,
Na fogueira, pós
velório.
Mas queria ser
cremado
Na minha terra
natal,
Meu Cosmódromo
privado,
Para a viagem
final. |