Da Encenação

É a terceira vez que enceno a obra de Santareno. A primeira, “O LUGRE”, em 1967; a segunda, “A PROMESSA”, em 1972; e agora uma criação teatral a partir de «NOS MARES DO FIM DO MUNDO». Todas no CETA!

Embora estas crónicas não sejam propriamente textos feitos para representação teatral, houve necessidade de lhes dar forma adequada. Os textos foram-se seleccionando. A trama condutora do espectáculo foi-se construindo. As interpretações foram-se ajustando, embora com a necessidade de desdobramento dos actores para as mais diversas personagens.

O coro serviu como fio condutor desta criação teatral, introduzindo a acção, criticando-a ou sublinhando-a! Deu-lhe também o tom poético pretendido.

Optou-se por um cenário neutro, uma vez barco, outra igreja ou vila piscatória.

O SOM dá o tom profano, religioso e fantástico das histórias.

A LUZ acentua a simbologia do espectáculo, nas suas mais diversas componentes. Terá sido esta a melhor opção?

O artista é um eterno insatisfeito com a sua obra! O Público é o melhor Júri!

Rui Lebre

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