FUNDAÇÃO «CIDADE DE
AVEIRO»
No próprio Dia da Cidade e da Padroeira, o Presidente da Câmara
Municipal, Dr. José Girão Pereira anunciou a criação, em breve, da
Fundação Cidade de Aveiro – uma espécie de "fórum" político, vocacionado
para os debates sobre os grandes problemas da nossa região, para a sua
apresentação pública e para a reivindicação das atitudes que se
impuserem junto dos órgãos de decisão.
A ideia da Fundação nasceu
do Executivo Municipal, sem grandes objecções; para a sua instalação
pensa-se no edifício da Rua de Manuel Firmino, onde há anos esteve o
extinto Clube de Aveiro.
A Fundação "Cidade de
Aveiro", que será uma instituição de direito privado, apartidária, sem
orientação religiosa nem subordinações económico-financeiras, deverá
contar como sócios-fundadores os membros da actual Vereação Municipal e
estará aberta a pessoas singulares e colectivas, que aceitem os seus
objectivos.
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Protegendo e defendendo os
interesses de Aveiro, a nova Fundação também visará fins culturais,
recreativos, políticos, sem esquecer a solidariedade social, o fomento
do trabalho voluntário pela comunidade e os próprios negócios.
O Presidente da Câmara, na
apresentação pública durante a sessão solene do dia 12 de Maio, referiu
que uma série de empresas já desejaram associar-se à iniciativa. "Neste
particular, trata-se de agarrar a indústria e pô-la a contribuir para a
resolução de alguns dos problemas graves em que Aveiro se debate; e a
pobreza é um deles" – assinalou o Dr. José Girão Pereira.
RESIDÊNCIA OFICIAL
A Câmara procedeu à inauguração da Residência Oficial do Município, no
próprio Dia da Cidade, 12 de Maio.
A Residência, instalada na antiga casa dos Morgados da Pedricosa, na Rua
de Santa Joana, foi sujeita a cuidadosas, profundas e demoradas obras de
recuperação e adaptação, com a finalidade de receber os convidados mais
importantes da Autarquia, da cidade e das suas instituições, quando for
necessário.
A ideia da Residência Oficial, à semelhança do que acontece noutros
Municípios, surgiu da necessidade de proporcionar aos nossos convidados
um ambiente recatado e personalizado, e por isso mais acolhedor do que
qualquer unidade hoteleira, por boa que ela seja.
Como a Câmara Municipal já tinha adquirido, em 1979, o referido solar
setecentista – uma das poucas casas brasonadas de Aveiro - pensou-se que
se poderia dar-lhe esse fim, mantendo tudo o que fosse possível
preservar.
A adaptação do imóvel às novas funções implicou um mínimo de alterações
no andar nobre – aquele que é destinado a residência; fechou-se uma
porta, abriu-se outra, e modernizaram-se a cozinha e os sanitários e
substituiu-se a caixilharia das janelas por outra com vidro duplo, mas
com desenho igual ao anterior.
O sótão foi transformado num apartamento que pode
servir de habitação para o pessoal de apoio à Residência.
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No rés-da-chão, que já não correspondia ao original, fizeram-se maiores
transformações. Algumas paredes desapareceram e ficou um espaço amplo
para exposições e recepções, com uma linguagem mais moderna e
consentânea com as novas funções. A própria garagem foi anexada à
referida sala e nela se colocaram os artísticos painéis azulejares
datados de 1890, que representam nove cenas dos "Lusíadas".
Aquando da inauguração, já aqui se encontrava patente uma exposição
colectiva de pintura, denominada "Aveiro – Cidade e Ria", com obras de
Artur Fino, Cândido Teles, Hélder Bandarra, Jeremias Bandarra, Lúcia
Seabra, Mário Silva, Michael Barret, Vasco Afonso, Vasco Branco,
Waldemar Ribau, Zé Monteiro e Zé Penicheiro.
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