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Boletim n.º 20-21 - Ano XI - 1993

FUNDAÇÃO «CIDADE DE AVEIRO»


No próprio Dia da Cidade e da Padroeira, o Presidente da Câmara Municipal, Dr. José Girão Pereira anunciou a criação, em breve, da Fundação Cidade de Aveiro – uma espécie de "fórum" político, vocacionado para os debates sobre os grandes problemas da nossa região, para a sua apresentação pública e para a reivindicação das atitudes que se impuserem junto dos órgãos de decisão.

A ideia da Fundação nasceu do Executivo Municipal, sem grandes objecções; para a sua instalação pensa-se no edifício da Rua de Manuel Firmino, onde há anos esteve o extinto Clube de Aveiro.

A Fundação "Cidade de Aveiro", que será uma instituição de direito privado, apartidária, sem orientação religiosa nem subordinações económico-financeiras, deverá contar como sócios-fundadores os membros da actual Vereação Municipal e estará aberta a pessoas singulares e colectivas, que aceitem os seus objectivos. / 88 /

Protegendo e defendendo os interesses de Aveiro, a nova Fundação também visará fins culturais, recreativos, políticos, sem esquecer a solidariedade social, o fomento do trabalho voluntário pela comunidade e os próprios negócios.

O Presidente da Câmara, na apresentação pública durante a sessão solene do dia 12 de Maio, referiu que uma série de empresas já desejaram associar-se à iniciativa. "Neste particular, trata-se de agarrar a indústria e pô-la a contribuir para a resolução de alguns dos problemas graves em que Aveiro se debate; e a pobreza é um deles" – assinalou o Dr. José Girão Pereira.
 

RESIDÊNCIA OFICIAL

A Câmara procedeu à inauguração da Residência Oficial do Município, no próprio Dia da Cidade, 12 de Maio.

A Residência, instalada na antiga casa dos Morgados da Pedricosa, na Rua de Santa Joana, foi sujeita a cuidadosas, profundas e demoradas obras de recuperação e adaptação, com a finalidade de receber os convidados mais importantes da Autarquia, da cidade e das suas instituições, quando for necessário.

A ideia da Residência Oficial, à semelhança do que acontece noutros Municípios, surgiu da necessidade de proporcionar aos nossos convidados um ambiente recatado e personalizado, e por isso mais acolhedor do que qualquer unidade hoteleira, por boa que ela seja.

Como a Câmara Municipal já tinha adquirido, em 1979, o referido solar setecentista – uma das poucas casas brasonadas de Aveiro - pensou-se que se poderia dar-lhe esse fim, mantendo tudo o que fosse possível preservar.

A adaptação do imóvel às novas funções implicou um mínimo de alterações no andar nobre – aquele que é destinado a residência; fechou-se uma porta, abriu-se outra, e modernizaram-se a cozinha e os sanitários e substituiu-se a caixilharia das janelas por outra com vidro duplo, mas com desenho igual ao anterior.

O sótão foi transformado num apartamento que pode servir de habitação para o pessoal de apoio à Residência. / 89 /

No rés-da-chão, que já não correspondia ao original, fizeram-se maiores transformações. Algumas paredes desapareceram e ficou um espaço amplo para exposições e recepções, com uma linguagem mais moderna e consentânea com as novas funções. A própria garagem foi anexada à referida sala e nela se colocaram os artísticos painéis azulejares datados de 1890, que representam nove cenas dos "Lusíadas".

Aquando da inauguração, já aqui se encontrava patente uma exposição colectiva de pintura, denominada "Aveiro – Cidade e Ria", com obras de Artur Fino, Cândido Teles, Hélder Bandarra, Jeremias Bandarra, Lúcia Seabra, Mário Silva, Michael Barret, Vasco Afonso, Vasco Branco, Waldemar Ribau, Zé Monteiro e Zé Penicheiro.
 

 

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