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Boletim n.º 19 - Ano X - 1992 |
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FEIRA DE MARÇO
A selecção acabou por recair no trabalho de Sara Isabel, aluna do 102 ano, turma K, da Escola Secundária de José Estêvão. Em seguno lugar foi classificado o desenho de Carlos César, do 72 ano, turma G, da Escola Secundária de Esgueira; e o terceiro lugar coube a Rui Miguel, aluno do 92 ano, turma G, da Escola Secundária de José Estêvão. Excepcionalmente, o júri decidiu atribuir um prémio especial a Vasco Miguel Neves de Meio, aluno da Escola Secundária de José Estêvão, pelo seu desenho que, embora sem características de cartaz, se distinguia por um grande sentido de humor e uma notável capacidade expressiva do ambiente de uma feira. Ao longo de todo o mês, especialmente nos fins de semana, o Parque Municipal de Feiras e Exposições registou a presença de centenas de milhares de pessoas, que animaram a Feira de Março. Foram multidões. Simultaneamente decorreu um programa cultural com exibições de Ranchos Folclóricos, Grupos de Danças e Cantares, Bandas e Grupos de Música, Ilusionismo, Variedades, Palhaços, Cançonetistas, etc.. / 49 /
Por sua vez, o concurso de stands teve os seguintes resultados: – 1º prémio, Avó Amaral, Lda. (Aveiro); 2º prémio, Anselmo Santos, Lda. (Aveiro); 3º prémio, Ases - Alarmes e Sistemas Electrónicos de Segurança, Lda. (Aveiro). Menções honrosas: - Mediave (Aveiro); Arsac (Aveiro); Cesai (Aveiro); Induslubre (Esgueira); Sarugo (São João da Madeira); Unissolda (Aveiro); Serração Ideal de Estarreja. Registamos ainda a presença amiga dos stands das cidades irmãs, Ciudad Rodrigo (Espanha), Arcachon (França) e Viseu. Transcrevemos aqui os textos subscritos pelo Presidente da Câmara Municipal e pelo Vereador do Pelouro das Feiras e publicados no caderno da Feira de Março: 1. – «Sempre que a Feira de Março abre as portas, é uma porção da realidade aveirense – desta comunidade tão rica no dinamismo que transporta como nos contrastes que encerra – que se revela em muitos aspectos que, não raro, o atribulado quotidiano nos impede de perceber. Multicentenária, nos seus 558 anos, a Feira de Março continua a orgulhar as gentes e a reflectir as potencialidades da região, de uma maneira única, pedindo meças aos certames mais recentes, às exposições especializadas. E muitas são aquelas que o parque de feiras tem acolhido, especialmente nos últimos anos. Por isso, ou apesar disto, a procura vem aumentando de ano para ano, superando largamente a capacidade de oferta, trazendo à evidência que o actual Parque Municipal de Feiras e Exposições é manifestamente insuficiente. Já não chega. Hoje, como há uma dúzia de anos – quando a Feira de Março mudou para o sítio que é o actual parque de feiras – torna-se necessário, senão premente mesmo, projectar um novo parque, mais amplo, mais desafogado e capaz de corresponder tanto às exigências crescentes desta feira como aos requisitos dos restantes certames, que integram o calendário anual de exposições de Aveiro. Presentemente, estudam-se as hipóteses de implantação do futuro parque de exposições, tendo a Comissão de Gestão chegado à selecção de duas localizações possíveis, sobre as quais a Câmara Municipal vai, agora, ser chamada a decidir. Terá de decidir a breve prazo, sem dúvida... De qualquer forma, seja qual for a localização que vier a ser adoptada, uma certeza podemos ter: é que a Feira de Março, enraizada como está nos nossos hábitos e nos nossos costumes, terá de manter-se fiel às suas características de / 50 / "feira-festa", ao casamento bem sucedido entre o lúdico e o promocional, que foi aprimorando ao longo dos tempos e que fez dela um certame único e singular. Há 558 anos...» 2. – "Mais uma vez, como acontece há 558 anos, a Feira de Março apresenta-se à cidade como se de uma nova feira retratasse. Toda a gente a conhece, é certo. Nela tudo acontece durante um mês. São as quinquilharias, a maquinaria, o comércio, a indústria, os comes e bebes e até os carrosséis. Contudo, a todos se apresenta, em cada ano, como que uma surpresa, uma novidade. A cidade revê-se nela, as terras vizinhas e longínquas têm-lhe amor e todos, embora a conheçam, de séculos, ficam sempre agradavelmente impressionados quando abre as suas portas. É assim a Feira de Março. Sem perder as suas características, de certo modo invulgares, acompanha e adapta-se ao progresso e modernidade. Continuando a ser história é também uma importante demonstração das capacidades económicas da região, e contribui fortemente para o seu progresso. A exiguidade do Parque onde se realiza, nomeadamente a sua área coberta, não permitiu, mais uma vez, que todos os expositores fossem atendidos. Lamentando o sucedido, fazemos votos de que em breve surja um novo espaço que a todos permita o acesso". Comissão da Feira de Março: Presidente: Prof. Celso dos Santos; Secretariado: Alexandrina Maximino; Irene Bártolo e Nelson Chaves; Comissão Técnica: António José Bartolomeu, João Portugal, Gonçalo Lé, Dr. Emanuel Cunha, Elmano Ramos, Justino Tomás Ribeiro, José Esperanço, Eng.º Acílio Vitória, Serviços de Fiscalização, José Carlos Maximino. Colaboradores: Inatel. Júri do Concurso do Cartaz: Prof. Celso dos Santos, Arq. José Quintão, Designer João Portugal, Arq.ª Maria Teresa Pereira Campos, Pintora Lúcia Seabra, Arq.º Ângelo Simões Amaro Centeno. Júri do Concurso dos Stands: Dois técnicos municipais, um jornalista e representantes do Lions Clube de Aveiro, da Associação Industrial do Distrito de Aveiro e da Associação Comercial de Aveiro. Número de Expositores: Número de Comerciantes: Pavilhão octogonal - 38 Módulos velhos - 37 Pavilhão restangular - 51 Módulos novos -19 Pavilhão verde - 11 Particulares - 36 Área livre - 14 Comes e Bebes - 19 Diversões - 38
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