CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO DE
AVEIRO
OBSERVAÇÕES
Por este gráfico, nota-se um constante
crescimento demográfico no concelho de Aveiro; em cinquenta anos houve
um aumento populacional de 93,46%, apesar da emigração para fora dos
limites municipais. No entanto, mesmo assim, a realidade deve ser
diferente; os próprios técnicos do recenseamento de 1991 afirmam ser de
admitir um erro de cerca de 10% a menos no CENSOS/91, pelo que
poderíamos aproximadamente contar com 75.000 habitantes.
De facto, quem conhece os meandros de uma
cidade e de um concelho em crescimento imparável sabe como há pormenores
que facilmente escapam a agentes ocasionais; terá acontecido que não
foram recenseadas pessoas a viver em "pátios", tanto na zona urbana como
na zona rural; há alugueres desconhecidos quer nos Serviços da Câmara
Municipal quer nas Repartições de Finanças; há estudantes universitários
que não se terão considerado "presentes"; e até há quem terá tido receio
de vir a pagar mais impostos, se se recenseasse.
Não se compreende, por exemplo, qual o
critério seguido em São Jacinto, onde está sediado um quartel militar,
pois em 1981 registou 1.035 habitantes e agora apenas 850; nem é
facilmente admissível a diminuição registada em Eixo – de 3.749 para
3.523 – quando, além do seu crescimento regular nas décadas anteriores,
sabemos do número de novas moradias e de "pátios" na área da freguesia.
Mas já se entende o que se refere a Esgueira e à Vera-Cruz, porque em
1984, foi desmembrada dessas freguesias a de Santa Joana; o mesmo
sucedendo a Requeixo em 1985, ao separar-se a freguesia de Nossa Senhora
da Fátima.
O Presidente da Câmara Municipal diria que o
erro de 10% – a ser verídico – prejudica muito o concelho de A
veiro, nomeadamente na atribuição das receitas provenientes do Fundo de
Equilíbrio Financeiro; e o Dr. José Girão Pereira adiantaria um alvitre:
– "Se fossem as Autarquias Municipais a fazerem o recenseamento, com a
colaboração das Juntas de Freguesia, essa margem de erro diminuiria
bastante".
J. G.
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