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Boletim n.º 18 - Ano IX - 1991

ABERTURA

 

Dando satisfação ao propósito que nos compromete, preparámos e fizemos sair mais um número do Boletim Municipal de Aveiro, que sempre desejámos fosse uma publicação de índole cultural e informativa. Este não foge à regra, como o leitor pode facilmente observar.

Nas primeiras páginas, fala-se da naturalidade de Fernão de Oliveira, o primeiro gramático português. Considerado como nascido em Aveiro, Mons. João Gaspar é de opinião que o lugar da Gestosa, da freguesia do Couto do Mosteiro (Santa Comba Dão), foi a sua terra natal, embora o diga gerado em Aveiro e o considere justamente como filho de famílias e pais aveirenses. Ao ler este artigo, ficamos com a certeza de que não perdemos um aveirense, embora outra povoação possa ganhar um filho ilustre... se as premissas aduzidas forem consistentes.

A Dra. Inês Amorim, assistente da Faculdade de Letras do Porto, brinda-nos com um trabalho de investigação sobre a Alfândega de Aveiro. Trata-se de um tema acerca do qual pouco se tem reflectido. Desde já continuamos a garantir à autora ter à sua disposição as colunas do Boletim, que se verá enriquecido com a sua colaboração.

É já do nosso convívio João Evangelista de Campos. Este conhecido aveirense ocupa o tempo, trazendo à ribalta coisas que outrora fizeram a vida da Cidade e que hoje fazem parte da sua história. O autor ajuda-nos a não perdermos a nossa identidade e a sermos mais aveirenses. Para quem tiver a incumbência de organizar o futuro museu municipal é utilíssima a "achega" que ele nos deixa. Não se esqueçam os acordos assinados, que até parece serem letra morta...

Julgámos de interesse transcrever uma página do "Diário de Aveiro" sobre a recuperação de azulejos, a que se lançaram os Serviços da Cultura. É um trabalho apreciável este que se fica a dever não apenas ao empenho dos responsáveis desta Câmara e deste Pelouro, mas também a alguns funcionários que nele têm posto o seu cuidado, senão mesmo o seu carinho.
Por fim, recordam-se uns tantos acontecimentos ocorridos durante o segundo semestre de 1991, que pensámos realçar; sem pretender menosprezar nenhum deles, sobrelevou-se entre todos, pelo seu próprio valor, pela forma como decorreu e pela aura internacional que adquiriu, a II Bienal de Cerâmica Artística. Nela investimos com determinação, com verbas orçamentais e com pessoal; merecem uma palavra de gratidão, quer as entidades e empresas que nos apoiaram, quer as pessoas – funcionários municipais e outras – que, colaborando e dando-se as mãos, tiveram a alegria de ver o mérito do seu trabalho.

Agradecemos a quem generosamente subscreveu os artigos e teimamos em informar que as portas estão abertas a quem, desejando ser útil a Aveiro e aos Aveirenses, queira dar a conhecer as suas reflexões, dentro da finalidade do Boletim.

Aveiro, Dezembro de 1991

O Vereador do Pelouro da Cultura,
Assinatura omitida na versão digital
(Prof. Celso dos Santos)

 

 

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