ABERTURA
Temos novamente a feliz
oportunidade de pôr nas mãos dos Aveirenses o Boletim Municipal que, com
este, já conta dezassete números. Desde a primeira edição, sempre
pretendemos que as suas colunas fossem um espaço livre e aberto para
acolher trabalhos que versassem temas referentes não apenas à nossa
Cidade e à nossa Região, mas também a outros assuntos.
Ao longo das páginas do
presente exemplar, encontram-se diversos artigos, todos reflectindo
sobre vários pontos da história de Aveiro. Conhecer melhor a Terra onde
se nasceu ou/e onde se vive constitui mormente hoje uma preocupação, quer
de jovens e adultos, quer mesmo de crianças. O comércio do sal de Aveiro
até meados do século XVII, a evolução histórica de Aveiro, o arquivo
histórico municipal, o museu municipal de Aveiro e a pintura de azulejos
em Aveiro de 1882 a 1942... são títulos que encabeçam outros tantos
estudos subscritos pela Dr.ª Inês Amorim, pela Dr.ª Maria Aurora
Bernardo Henriques, pela Dr.ª Maria Beatriz Soeiro de Matos, por João
Evangelista de Campos e pelo Dr. Manuel Ferreira Rodrigues. Jeremias
Bandarra, com a sua requintada sensibilidade de artista, ilustrou a
capa, inspirando-se na paisagem que nesta altura do ano nos é familiar,
por sugestão do primeiro tema tratado nestas páginas; em Lima Vidal
procurámos a sua legenda.
Do que aconteceu em Aveiro
durante o primeiro semestre de 1991, pretendemos destacar alguns
acontecimentos. Aqui, porém, nestas breves palavras de abertura,
referimos o lançamento de um novo livro, editado a expensas do
Município, da autoria da Dr.ª Maria João Violante Branco Marques da
Silva. «Aveiro Medieval», nas suas duzentas páginas, vem recordar-nos as
origens de Aveiro, alguns séculos da sua história e outras maneiras de
estar no mundo e de viver em sociedade; bem documentado com 678 chamadas
e notas em rodapé, além de nos recordar sistematicamente muito do que
anda disperso, dá-nos novas informações e fornece-nos pistas de consulta
e de investigação.
Por se julgar que esta obra
era importante para o conhecimento de Aveiro, é que a Câmara Municipal
apostou na sua publicação.
O Boletim Municipal de
Aveiro – não é demais repetir – continua aberto à colaboração de quem
queira ajudar-nos a reviver o passado comum, a construir o tempo
presente e a apresentar sugestões para o futuro. No confronto de ideias,
sem quaisquer imposições, saberemos conviver em liberdade e dar as
mãos... para bem da nossa Terra.
Aveiro, Junho de 1991
O Vereador do Pelouro da
Cultura da C.M.A.,
(assinatura suprimida nesta
versão digital)
(Prof. Celso dos Santos)
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