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Boletim n.º 12 - Ano VII - 1988

Noticiário

 

FARAV / 88

De 1 a 15 de Agosto, no Recinto Municipal das Feiras e Exposições, decorreu a IX Feira de Artesanato da Região de Aveiro – FARAV / 88 – pela primeira vez também Mostra Nacional de Artesanato.

A edição deste ano ainda se caracterizou como Mostra Internacional de Artesanato, pois contou com a presença de representações da Espanha (Galiza), da Grécia, da URSS, da Hungria, da Bulgária, do Uruguai, da China, do Paquistão, da Índia, do Quénia, de Marrocos, de Angola e de outros países africanos.

Numa organização da Câmara Municipal de Aveiro, com a colaboração da Região de Turismo da 'Rota da Luz' e da Cooperativa de Artesãos 'A Barrica', a FARAV / 88 teve a presença de 46 artesãos a trabalhar ao vivo – 15 de Aveiro e 31 de diversas zonas do País.

A FARAV / 88 – I Mostra Nacional de Artesanato – conforme se lia na abertura do guião da Feira, subscrita pelo Vereador do Pelouro da Cultura, Prof. Celso Baptista dos Santos – é um duplo certame que pretende ser uma das mais evidentes provas de que as artes ou Indústrias (como foram designadas durante muito tempo) populares tendem para se revitalizarem e não para se diluírem na voragem do progresso. Essa tem sido, aliás, a principal aposta ou razão de ser proposta desde há nove anos (esta é a IX FARAV – Feira de Artesanato da Região de Aveiro) à consideração não só da população como das entidades oficiais relacionadas com o sector, como dos próprios / 62 / artesãos, E foram estes que, pelo renovado interesse e insistência, a nível de todo o País, como que obrigaram alargar o âmbito da FARAV, acrescentando-lhe uma significativa presença de artesãos provenientes de praticamente todas as regiões do País bem como de outros países".

Finalmente, para um breve relance do caminho percorrido, transcreve-se do referido guião a síntese deste certame, feita pelo Dr. Emanuel Cunha, dos Serviços de Cultura da Câmara Municipal de Aveiro:

– "No ano de 1978, a então Comissão Municipal de Turismo começou a diligenciar no sentido de promover, em Aveiro, no ano seguinte, uma Feira de Artesanato, Porém, vicissitudes árias obstaram a que tal Iniciativa se concretizasse, com a amplitude desejada, embora, como afirmação inequívoca de levar por diante o certame, pelo menos três artesãos, em seis "stands", estiveram presentes na exposição/venda que ocupou a esplanada sobranceira à Praça da República.

O ano de 1980 marcou definitivamente o arranque da Feira do Artesanato da Região de Aveiro, que ocupou o já vasto espaço proporcionado pela Praça da República e esplanada contígua, sinal evidente de que foi grande a receptividade junto dos artesãos.

Em 1981 e 1982, já em condições bastantes aceitáveis pelos meios postos à sua disposição, a Feira realizou-se no pavilhão octogonal do Recinto Municipal das Feiras e Exposições: mas, em 1983 e 1984, voltou novamente à Praça da República, local então considerado como o mais privilegiado pela sua situação central em relação à cidade.

Contudo, atendendo à proporção entretanto atingida em 1985, o certame regressou ao recinto das Exposições Municipais, para, no ano seguinte, se realizar no mesmo lugar já sob a responsabilidade da Câmara, com o apoio da Cooperativa dos Artesãos da Região de Aveiro A BARRlCA – o que, aliás, acontecera desde sempre e da Região de Turismo da ROTA DA LUZ.

Do pequeno número de artesãos, a Feira foi crescendo e afirma-se cada vez mais, quer a nível distrital quer a nível nacional, crescimento esse traduzido no progressivo aumento do número de expositores, no volume de vendas, na diversidade e qualidade dos produtos expostos, considerando-se que o certame já atingiu o estatuto de feira distrital (e até nacional) pelos seus próprios meios.

Finalmente a FARAV é também o corolário das actividades dos artesãos, abrindo-lhes a possibilidade de mostrar e vender os seus produtos, e sensibiliza os visitantes para a preservação das artes tradicionais. Além disso, toma-se ainda um espaço de animação que permite uma maior dinâmica na captação e fomento do Turismo.

Este certame apresenta-se agora simultaneamente com a 1.ª Mostra Nacional de Artesanato, cuja realização se baseia exactamente no êxito da FARAV propriamente dita".

 

 

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