COLÓQUIO SOBRE FOLCLORE E
ETNOGRAFIA
Organizado pela Direcção do Rancho Folclórico do Baixo-Vouga (Eixo) e
com o apoio da Câmara Municipal de Aveiro e do Conselho Técnico da
Federação do Folclore Português, realizou-se nesta cidade no dia 29 de
Maio, o I Colóquio sobre Folclore e Etnografia. Do programa constaram os
seguintes temas: - As duas faces do Folclore; O Folclore e a Juventude;
O carro rural de bois; Como organizar um Rancho ou um Grupo Folclórico.
Presidiu aos trabalhos o
Vereador Prof. Celso dos Santos e, além de outras individualidades
relacionadas com os estudos projectados, estiveram presentes José Maria
Marques e Severim Marques, respectivamente vice-presidente' da Federação
do Folclore Português e membro do Conselho Técnico da mesma Federação.
Fizeram-se representar o Grupo de Santo António da Casa do Povo de
Requeixo, o Grupo Folclórico do Carregal (Requeixo), o Grupo Folclórico
do Baixo-Vouga (Eixo), o Rancho Folclórico «As Lavradeiras de Sarrazola
(Cacia), o Rancho Folclórico de Nossa Senhora da Nazaré (Verba-Nariz), o
Rancho Folclórico de Eirol, o Grupo Folclórico e Etnográfico de
Albergaria-a-Velha, o Rancho Folclórico do Rio Novo do Príncipe, o Grupo
Etnográfico da Casa do Povo de Avanca, o Rancho Regional da Casa do Povo
de Ílhavo, o Rancho Folclórico Lusitano da Casa do Povo de Angeja, o
Rancho Folclórico «As Andorinhas de S. Silvestre» (Bunheiro) e o Grupo
Folclórico Juventude de Mamodeiro.
Foi esta uma realização
válida pelas comunicações apresentadas sobre folclore, no tocante a
trajes, danças, cantos e músicas e, no que respeita a etnografia, sobre
instrumentos musicais, utensílios agrícolas, etc..
Os trabalhos encerraram com
as conclusões seguintes:
No final do I Colóquio sobre
Folclore e Etnografia, realizado no dia 29 de Maio de 1986, na Cidade de
Aveiro, com uma considerável participação, foram votadas as seguintes
conclusões por todos os presentes, designadamente pela juventude:
1.º – Que se integre, sem
perda de tempo, no ensino básico e secundário, uma disciplina de
Folclore e Etnografia, considerando que só assim se conseguirá (j
indispensável interesse pela Cultura Popular, no tocante aos usos e
costumes ancestrais do povo do nosso País, que urge não deixar perder; a
integração de Portugal na CEE também exige da nossa parte um estudo e um
interesse pela cultura popular que nos dignifiquem perante os restantes
membros comunitários. Esta conclusão deve ser transmitida a Sua Ex.ª o
Ministro da Educação e Cultura e ao Exmo. Secretário de Estado da
Cultura...
2.º – Que o Pelouro da
Cultura da Câmara Municipal de Aveiro e os grupos possam criar "
condições para que, num futuro próximo, se venha a realizar nesta Cidade
uma concentração da juventude do concelho de Aveiro, tendo como motivo
um programa de ordem cultural, delineado com a devida antecedência.
3.º – Que a
representatividade a poder ser dada aos grupos ditos folclóricos
existentes nó concelho de Aveiro, com excepção dos grupos federa dos, se
entenda por uma recolha devidamente feita, no que respeita aos trajes,
letras, músicas e danças.
4.º – Que a Federação do
Folclore Português, através dos membros do seu Conselho Técnico
Regional, possa dar o melhor apoio, dentro do possível, aos grupos do
concelho de Aveiro, no que respeita à representatividade dada àqueles
que ainda a não possuam e colaborar com os já federados o mais
estreitamente possível quando solicitado.
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