PRESERVAÇÃO DO ESPÓLIO DA
FÁBRICA ALELUIA
Em 14 de Fevereiro de 1905, por escritura notarial, constituiu-se uma
sociedade que tinha por objecto a fabricação de louça de uso comum e de
utilização imediata, com a designação de «Fábrica de Louça dos Santos
Mártires», pelo bairro onde se radicou; seria o início e o núcleo da
Fábrica Aleluia. Dissolvida aquela sociedade em i 906, João de Pinho das
Neves Aleluia e sua Esposa assumiram todas as responsabilidades. Mais
tarde, em 1911, compraram uma propriedade na Fonte Nova e para aí
mudaram, em 1917 a referida Fábrica.
Entretanto, a Fábrica
Aleluia deixou, há anos, as suas instalações na Fonte Nova e
transferiu-se para outro local, na estrada de Cacia. O velho edifício
acabou por ser recentemente demolido, para dar lugar a uma nova
urbanização, prevista para o centro citadino.
Todavia, tanto a Câmara
Municipal de Aveiro como a Administração da Fábrica Aleluia procuraram
preservar não apenas moldes e formas de produção, mas também peças e
trabalhos cerâmicos.
Com efeito, a Edilidade, por
intermédio dos Serviços da Cultura, conseguiu a generosa oferta, para o
património municipal, de azulejaria e maquinaria de diferentes anos, que
constituem documentos da história da empresa e da cidade.
O acordo estendeu-se ainda à
salvaguarda de dois grandes painéis de azulejo, que se retiraram
intactos das paredes, antes da demolição; um deles encimava o portão
principal da fábrica e o outro decorava um dos gabinetes do escritório.
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