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Boletim n.º 2 - Ano I - 1983 - p. 35

ESTATUETA DE SANTA JOANA


É honroso dever de uma comunidade recordar e homenagear os seus antepassados que se ergueram sobre o comum dos homens, num ou noutro aspecto do viver quotidiano. Todavia, não se pretende lembrar alguém apenas como mera formalidade; seria um acta frio, embora de sabor histórico, mesmo que imortalizado em pedra ou em bronze. O que se deseja é que o exemplo desses homens ou dessas mulheres anime os presentes na coragem em vencer dificuldades, em tomar atitudes, em realizar acções cujo beneficio redunde em favor de todos.

Obedecendo a tais aspirações, deliberou a Câmara Municipal, dentro do Plano de Actividades para 1983, mandar executar duas estatuetas da Princesa Santa Joana – aveirense adoptiva que entre nós viveu e morreu e cujos restos mortais religiosamente guardamos. Uma dessas estatuetas, executada em «biscuit» pela Fábrica da Vista Alegre, obedeceu a uma série numerada e limitada a 1000 exemplares; a outra, feita em barro vermelho na oficina de José Augusto, não tem limite de exemplares. Esta edição foi precedida de um concurso aberto em Janeiro de 1982, em que participaram sete artistas com onze trabalhos.

Se para a segunda, estatueta – a de barro vermelho – foi escolhida uma modelação de D. Maria Graciosa Mendes de Carvalho, para a primeira – que a gravura reproduz – foi contemplado o trabalho de Jorge José de Figueiredo. Esta é uma pequena imagem, graciosa e espiritualizada, que mostra a simbologia iconográfica de Santa Joana, vestida de hábito dominicano, com o crucifixo e coroa de espinhos nas mãos, com três diademas reais aos pés e com o brasão de Princesa de Portugal.

De execução perfeitíssima no pormenor, esta estatueta continua a ser procurada na Câmara Municipal não só por coleccionadores mas também por aqueles que querem possuir uma bela recordação de Aveiro ou uma lembrança da sua Padroeira.

PADROEIRA DE AVEIRO

 

 

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