ESTATUETA DE SANTA JOANA
É honroso dever de uma comunidade recordar e homenagear os seus
antepassados que se ergueram sobre o comum dos homens, num ou noutro
aspecto do viver quotidiano. Todavia, não se pretende lembrar alguém
apenas como mera formalidade; seria um acta frio, embora de sabor
histórico, mesmo que imortalizado em pedra ou em bronze. O que se deseja
é que o exemplo desses homens ou dessas mulheres anime os presentes na
coragem em vencer dificuldades, em tomar atitudes, em realizar acções
cujo beneficio redunde em favor de todos.
Obedecendo
a tais aspirações, deliberou a Câmara Municipal, dentro do Plano de
Actividades para 1983, mandar executar duas estatuetas da Princesa Santa
Joana – aveirense adoptiva que entre nós viveu e morreu e cujos restos
mortais religiosamente guardamos. Uma dessas estatuetas, executada em
«biscuit» pela Fábrica da Vista Alegre, obedeceu a uma série numerada e
limitada a 1000 exemplares; a outra, feita em barro vermelho na oficina
de José Augusto, não tem limite de exemplares. Esta edição foi precedida
de um concurso aberto em Janeiro de 1982, em que participaram sete
artistas com onze trabalhos.
Se para a segunda, estatueta
– a de barro vermelho – foi escolhida uma modelação de D. Maria Graciosa
Mendes de Carvalho, para a primeira – que a gravura reproduz – foi
contemplado o trabalho de Jorge José de Figueiredo. Esta é uma pequena
imagem, graciosa e espiritualizada, que mostra a simbologia iconográfica
de Santa Joana, vestida de hábito dominicano, com o crucifixo e coroa de
espinhos nas mãos, com três diademas reais aos pés e com o brasão de
Princesa de Portugal.
De execução perfeitíssima no
pormenor, esta estatueta continua a ser procurada na Câmara Municipal
não só por coleccionadores mas também por aqueles que querem possuir uma
bela recordação de Aveiro ou uma lembrança da sua Padroeira.
PADROEIRA DE AVEIRO
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