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Boletim n.º 2 - Ano I - 1983 - pp. 9-10

EXPLICAÇÃO

 

O primeiro número do Boletim Municipal de Aveiro, inteiramente dedicado à exposição «Cem Anos de Artes Plásticas», foi publicado em Março deste ano.

Volvidos seis meses, chegou o momento de se editar o segundo número, cujas páginas abordarão maior diversidade de temas aveirenses, numa perspectiva essencialmente cultural e informativa.

Esta periodicidade não é a que sinceramente desejávamos, mas a que pragmaticamente julgamos exequível. Na verdade, quantas têm sido as publicações trazidas à luz do dia com tanto arrojo e entusiasmo iniciais e que afinal tiveram uma vida tão efémera!

Por isso, houve a preocupação de se criar e lançar um instrumento de comunicação que, muito embora se afigure despertar timidamente, nasce rodeado dos cuidados ditados pela prudência e humildade, mas ao mesmo tempo animado de potencialidades e características tais que permitam e de certo modo obriguem a sua continuidade durante e para além do mandato dos órgãos representativos do município.

Pela nossa parte, enquanto nos couber alguma responsabilidade de direcção, não pouparemos esforços tendentes à sua projecção no presente e no futuro, acreditando que não estaremos sós neste empenhamento como em todas as tarefas que visem dignificar e engrandecer Aveiro.

A nossa concepção de boletim municipal é a de que ele corresponda a um instrumento de reflexão e comunicação de e para todos os munícipes, homens eruditos ou cidadãos comuns, da cidade ou da aldeia. Entendemos sobretudo que os próximos números deverão reservar algum espaço dedicado especificamente às actividades desenvolvidas pelos diversos órgãos representativos, nomeadamente pelas juntas de freguesia, justificando assim mais cabalmente a adjectivação de MUNICIPAL.

Neste, como em outros aspectos, o número que ora se publica não se apresenta ainda da forma como sonhávamos. Pensamos no entanto que ele constitui um verdadeiro passo em frente na realização dum melhor sonho que será o construído, dia-a-dia, pela comunidade em que vivemos.

Temos esperança no futuro, confiando que ninguém se furtará a colaborar
/ 10 / na procura do bem comum. O boletim municipal será um meio para atingir esse fim.

A terminar, cumpre-nos manifestar público agradecimento a todos quantos desinteressadamente contribuíram com os valiosos trabalhos que viabilizaram o presente número. E sobretudo uma palavra de recordação para quem se ausentou definitivamente do ambiente, físico que nos rodeia, indiciando, porém, ter entrado no mundo dos que «da lei da morte se libertaram».

CUSTÓDIO RAMOS
Vereador do Pelouro Cultural

 

 

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