EXPLICAÇÃO
O primeiro número do Boletim
Municipal de Aveiro, inteiramente dedicado à exposição «Cem Anos de
Artes Plásticas», foi publicado em Março deste ano.
Volvidos seis meses, chegou
o momento de se editar o segundo número, cujas páginas abordarão maior
diversidade de temas aveirenses, numa perspectiva essencialmente
cultural e informativa.
Esta periodicidade não é a
que sinceramente desejávamos, mas a que pragmaticamente julgamos
exequível. Na verdade, quantas têm sido as publicações trazidas à luz do
dia com tanto arrojo e entusiasmo iniciais e que afinal tiveram uma vida
tão efémera!
Por isso, houve a
preocupação de se criar e lançar um instrumento de comunicação que,
muito embora se afigure despertar timidamente, nasce rodeado dos
cuidados ditados pela prudência e humildade, mas ao mesmo tempo animado
de potencialidades e características tais que permitam e de certo modo
obriguem a sua continuidade durante e para além do mandato dos órgãos
representativos do município.
Pela nossa parte, enquanto
nos couber alguma responsabilidade de direcção, não pouparemos esforços
tendentes à sua projecção no presente e no futuro, acreditando que não
estaremos sós neste empenhamento como em todas as tarefas que visem
dignificar e engrandecer Aveiro.
A nossa concepção de boletim
municipal é a de que ele corresponda a um instrumento de reflexão e
comunicação de e para todos os munícipes, homens eruditos ou cidadãos
comuns, da cidade ou da aldeia. Entendemos sobretudo que os próximos
números deverão reservar algum espaço dedicado especificamente às
actividades desenvolvidas pelos diversos órgãos representativos,
nomeadamente pelas juntas de freguesia, justificando assim mais
cabalmente a adjectivação de MUNICIPAL.
Neste, como em outros
aspectos, o número que ora se publica não se apresenta ainda da forma
como sonhávamos. Pensamos no entanto que ele constitui um verdadeiro
passo em frente na realização dum melhor sonho que será o construído,
dia-a-dia, pela comunidade em que vivemos.
Temos esperança no futuro, confiando que ninguém se furtará a colaborar
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na procura do bem comum. O boletim municipal será um meio para atingir
esse fim.
A terminar, cumpre-nos
manifestar público agradecimento a todos quantos desinteressadamente
contribuíram com os valiosos trabalhos que viabilizaram o presente
número. E sobretudo uma palavra de recordação para quem se ausentou
definitivamente do ambiente, físico que nos rodeia, indiciando, porém,
ter entrado no mundo dos que «da lei da morte se libertaram».
CUSTÓDIO RAMOS
Vereador do Pelouro Cultural
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