Muitos anos rolaram e só então
se apagou a lembrança de tão luzidas toiradas...
O aparecimento do programa causou logo sensação. Antegozando
a delícia
dos espectáculos, em que iam lidar rezes bravas bravos fidalgos
amadores de toiros, Aveiro
vibrou com intensidade. E ao iniciarem-se as corridas ansiosamente
esperadas, a grande
praça de «pedra e cal» de José Joaquim de Oliveira Vinagre, toda
reluzente de tintas
frescas, parecia cheiinha como um ovo...
Nos camarotes, a beleza das «toilletes» mais realçava a beleza das
senhoras. A formosura das tricanas – essa refulgia ao sol!
Não raro, durante as duas corridas, que ficariam
por largo tempo na memória, ovações quentes coroaram as rijas pegas dos
forcados, a temeridade
dos homens das bandarilhas, a arte quase alada dos cavaleiros. Depois, as palmas deixaram
de se ouvir e o
próprio eco dessas palmas se desvaneceu...
A praça foi demolida e demolida foi a capela de S. João. O
«Campo»
não mais
contou como palco das mais animadas festas aveirenses. E o Rossio é
hoje um largo silencioso e triste à espera de um destino melhor.
Das brilhantes corridas de toiros a que aludimos, em fantasia gráfica,
transcrevemos,
na página seguinte, parte do saboroso e evocativo programa. |