Depois de servir como exercício
físico à aristocracia, empenhada em se preparar para os combates, as
touradas passaram a constituir por vezes espectáculos de rara
magnificência, que exauriram algumas casas nobres de Portugal.
Época após época, foi-se aperfeiçoando a arte a que o 4.º Marquês de
Marialva veria
para sempre o seu nome ligado, imortalizando-se.
O colorido quão emotivo espectáculo perdura...
Cavaleiros e forcados, lídimos representantes do toureio português, de parceria com os e
«espadas»,
continuam a entusiasmar multidões de aficionados, que enchem ainda hoje
as praças a transbordar...
Em Aveiro, as touradas possuem sérias tradições. Na segunda metade do
século passado a cidade chegou a possuir uma praça de pedra e cal,
tida e havida por muitos como a segunda do país. Amadores tauromáquicos
de real merecimento apareceram nessa altura e nos primórdios do século
em que vivemos. António da Costa, Mário Duarte e João Mendonça são
frisantes exemplos.
Outrora, também esplendeu em Espinho e na Mealhada o gosto pelas
touradas.
Presentemente, Espinho é a
terra do distrito que marcha na vanguarda. Possui nova
praça e uma escola de tauromaquia. Longe embora do castiço Ribatejo, não
deixa de ser curioso anotar-se a predilecção do distrito pela arte de
lidar touros. De resto, encarada
sob todo e qualquer prisma, a região de Aveiro é qual miniatura do
país. Por outras
palavras, o distrito de Aveiro é um Portugal pequenino... |