SÚPLICA DA VACA
«A ti, que me tratas, dirijo
esta súplica.
Dá-me pasto verde e água
límpida.
Quando os campos estiverem encharcados, destina-me um canto com cama
seca.
Quando as moscas me perseguirem, protege-me contra as suas ferroadas,
sobretudo na cabeça.
Dia a dia verifica se eu não estarei ferida ou esfolada nos
pés. Põe-me um nome, e chama-me por ele na hora de regresso ao estábulo.
Conduz-me com moderação,
quando me levarem a mungir; não
me batas, nem me puxes à toa.
Quando a erva for fraca, dá-me outro alimento mais substancial.
Acaricia-me frequentemente, afim de eu melhor te compreender e te amar.
Quando o meu vitelinho nascer, respeita a minha maternidade e trata-me
com bondade.
Deixa comigo o meu filho o máximo de tempo possível.
Providencia para que ele não seja maltratado, nem atormentado, quando
mo levarem, e também durante o tempo que estiver na feira.
Se, finalmente, tiveres de vender-me fá-lo a quem me dispense cuidados e me tire a vida humanamente.
Sê brando e paciente como eu sou, e age em tudo no espírito do Criador».
Bureau International Humanitaire
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