TAPETES DE

ARRAIOLOS

A tapeçaria de Arraiolos é, no dizer do Dr. Tomás de Alvim, «uma grande sinfonia de luz e cor, que empolga e seduz, os espíritos mais eruditos e requintados»; «bárbara policromia onde fulge e canta, toda a charneca em flor», lhe chama Júlio Dantas; e Albino Forjaz de Sampaio proclama-a «sem rival no mundo».

Altos valores, tanto no campo literário como no artístico, têm enaltecido, de maneira brilhante, a beleza incomparável dos tapetes de Arraiolos, sem dúvida, os melhores de entre os melhores, que actualmente são fabricados. À tapeçaria se referem elogiosamente o Conde Prussiano Atanásio Rackzinki em «Les arts au Portugal» e «Dictionnaire historique et artistique du Portugal»; e o grande escritor inglês Lord Guilherme Beckford não deixa de render encómios à indústria que honra o nosso querido Portugal. Sousa Viterbo e Ramalho Ortigão, Fialho de Almeida, Soares dos Reis e Teixeira Lopes a ela dedicaram palavras de justo louvor. Mas para quê tantos nomes?

Não e por si só a tapeçaria a melhor propagandista desta verdade incontestável? Sem dúvida e a atestá-la estão as exposições que em tempos se realizaram no estrangeiro, onde, sem favor, os nossos tapetes arrancaram dos seus congéneres um prémio que os consagrou, como os melhores.

Haja em vista que os «Persas» de há muito passaram aos museus, e dos «Gobelins», o mesmo se pode dizer, eram respectivamente os primeiros e segundos no mundo. Arraiolos ocupava o terceiro lugar, mas hoje está, sem dúvida alguma, à cabeça da numeração.

O Dr. Tomás de Alvim diz: «Essa longa evolução, é caracterizada por três fases: a primeira, de influência totalmente persa; a segunda, de feição ainda exótica, ,já mesclada de motivos nacionais; e a terceira, de sabor e gosto definitivamente populares.

 

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