Introdução - Objectivos
- Características
- Como colaborar
Esta secção surgiu no
espaço «Aveiro e Cultura» com a sugestão enviada por alguns
colaboradores, especialmente o amigo de Cacia, Mário Ferreira da Silva,
e também o Henrique Neves, que perguntaram se os postais ilustrados que
possuem teriam algum interesse para os que consultam este endereço da
Internet.
A pergunta
lembrou-nos que, também nós, em tempos de uma juventude que já lá vai,
tínhamos o prazer de coleccionar postais ilustrados e selos. Uns e
outros eram por nós cuidadosamente classificados e guardados em arquivos
adequados. Os segundos, em álbuns pequenos de cartolina, que
construíamos à medida das necessidades; os primeiros, em pastas
classificadoras de plástico, no formato A4, excelentes para a
catalogação e conservação dos exemplares adquiridos ou recebidos por
correspondência com amigos e familiares. Estas folhas plásticas, com
capacidade para oito postais, ainda actualmente se encontram à venda e
permitem uma boa classificação e arquivo do material em «dossiers»
específicos.
Na década de 1980,
tivemos a oportunidade de apreciar o elevado valor cultural de colecções
deste género, ao organizarmos, com um grupo de amigos, uma publicação
de postais relativos à cidade de Aveiro. Por essa altura, passaram-nos
pelas mãos algumas centenas de exemplares antigos da cidade e região
envolvente, emprestados por diversos coleccionadores aveirenses, alguns
dois quais, infelizmente, já não entre nós, mas ainda presentes pela força evocativa da memória e dos «monumentos» impressos que
partilharam connosco.
Lembramo-nos que esse
trabalho foi de minuciosa paciência, ao procurarmos catalogar e
determinar as datas. Se nos postais circulados foi relativamente fácil
estabelecer uma cronologia aproximada, se não exacta, para aquilo que a imagem
documenta, na grande maioria foi tarefa difícil. Só uma análise
atenta e o cotejo com outros exemplares e fotografias da época
permitiram uma datação aproximada.
A dificuldade na
situação temporal destes documentos resulta, infelizmente, de uma grave lacuna
por parte dos
editores, que apenas pensam no aspecto lucrativo e esquecem o valor
evocativo e cultural daquilo que publicam. E isto porque, salvo
raríssimas excepções, omitem o ano da edição. É uma falha grave.
Esquecem que um postal ilustrado é um documento visual com valor
histórico. Pior ainda, chegam, por vezes, ao ponto de não apresentar
qualquer inscrição: nem o nome da terra ou daquilo que registam e muito
menos a referência ao editor. E raros são também aqueles que se lembram
de indicar o nome do fotógrafo, sem o qual não poderia haver o registo
para a posteridade daquilo que os seus olhos seleccionaram para
impressão na película através do olho óptico da câmara fotográfica.
O que deveria ser
obrigatoriamente registado nos postais ilustrados?
Todo o editor deveria nunca esquecer,
além da sua identificação e endereço para facilidade de contacto pelos
coleccionadores, a indicação dos seguintes elementos: nome da
localidade, uma breve legenda explicativa daquilo que a imagem ou
imagens registam, a data da edição e o nome do fotógrafo ou do artista
responsável pela imagem impressa.
E quais os objectivos
e características deste espaço electrónico dedicado aos postais
ilustrados?
OS OBJECTIVOS são idênticos aos que
presidiram à criação no espaço «Aveiro e Cultura» da secção intitulada
“Arquivo Digital”. Quais, concretamente?
1.º - Permitir uma
partilha do espólio imagístico individual, para que todos possam
apreciar aspectos ainda actuais ou já alterados de um universo comum; e
também de preservar material que, uma vez extintos os autores ou os
coleccionadores, poderá correr o risco de ficar disperso e se perder.
2.º - Permitir que
consigamos, através das imagens registadas nos postais ilustrados,
reconstituir, pela nossa capacidade analítica e pela força da nossa
imaginação, espaços de outras épocas e lugares, geralmente alterados pelo
tempo e, não raras vezes, totalmente diferentes daquilo que os olhos da
actualidade nos permitem observar.
3.º - Permitir que,
através das imagens, possamos conhecer locais diferentes e despertar,
quiçá, o nosso desejo de sairmos do nosso recanto e viajar por espaços
diferentes do quotidiano.
4.º - Permitir que os
coleccionadores passem a dispor de uma espécie de catálogo electrónico,
idêntico ao que utilizávamos há quarenta anos, quando, além dos postais,
coleccionávamos e catalogávamos selos do correio.
5.º - Permitir que os
coleccionadores possam trocar informações entre si, não apenas para
obtenção de referências históricas e cronológicas, mas inclusive para
aquisição de novos exemplares por meio de permuta.
6.º - Permitir que
todos, coleccionadores ou não, possam aumentar os conhecimentos, na
medida em que os postais ilustrados são uma forma agradável de
aumentarmos as nossas competências cognitivas.
AS CARACTERÍSTICAS das páginas dos postais
ilustrados são as seguintes:
1 – Cada página
apresenta um total de 16 miniaturas, que funcionam não apenas como
mostruário, mas também como botão de acesso à correspondente ampliação,
arquivada numa resolução relativamente elevada (ou seja, com um reduzido
grau de compressão, para que não haja perda da qualidade da imagem) e
uma largura de 900 pixels.
2 – Devido à elevada
resolução e reduzido grau de compressão, torna-se necessário aguardar
cerca de um minuto para que a imagem possa ser visualizada na sua
totalidade, variando este tempo de acesso de acordo com a velocidade da
rede disponível pelo utilizador. Para voltar à página principal, será
necessário utilizar o botão de «Retroceder»,
existente na barra horizontal superior do Internet Explorer.
3 – Sempre que uma
página está completa (com as 16 miniaturas preenchidas) é criado um
duplicado de todos os postais em baixa resolução. Deste modo, embora com
perda de qualidade, é possível aceder com maior rapidez a uma sequência
de imagens com uma largura de 600 pixels, bastando girar o botão
de «scroll» vertical existente entre as duas teclas das versões
mais modernas dos ratos.
4 – Além de uma breve
legenda explicativa, colocando-se o cursor do rato sobre as miniaturas,
surge uma janela com a identificação do postal, contendo os seguintes
elementos:
a) – Número de série
ou ordem e, na sua ausência, a informação S/N (Sem Número);
b) – Legendas
explicativas fornecidas pelo editor relativamente ao que é mostrado no
postal;
c) – Elementos
referentes ao editor, indicando-se, inclusive, a direcção postal e o
número de telefone. Embora na maior parte dos casos estes dados possam
estar desactualizados, não deixam de ser um elemento que poderá ajudar a
situar o postal no tempo;
d) – Dimensões dos
postais;
e) – Nome do
coleccionador e ano em que adquiriu o exemplar (caso o coleccionador
tenha efectuado essa anotação);
f) – Ano em que o
postal circulou, se isso tiver efectivamente ocorrido, o que poderá
funcionar como auxiliar para o posicionamento na época respectiva.
5 – A opção de
visionamento dos postais em baixa resolução é fornecida na listagem
geral sempre que uma página se encontra completa, ou seja, com as 16
miniaturas. Estando-se nas páginas das miniaturas, esse acesso é
efectuado através do pequeno botão colocado no canto superior direito,
imediatamente abaixo do título.
6 – A navegação é
feita utilizando os botões colocados no final de cada página. Estes
permitem avançar ou recuar, tal como se estivéssemos a consultar as
páginas de um livro.
7 – Os títulos das
páginas funcionam também como botões de navegação. Clicando-se sobre
eles, volta-se à página com a listagem geral de todas as localidades ou
temas existentes.
–
COMO COLABORAR com esta secção do espaço «Aveiro e Cultura»?
Se é coleccionador de
postais, é detentor de conhecimentos mínimos de informática, sabe
trabalhar com um scanner e pretende juntar-se ao grupo que partilha as
suas colecções com a comunidade neste espaço do Prof2000, apenas tem que
fazer o seguinte:
1 – Digitalizar os
seus postais no scanner, um de cada vez, com uma resolução de 600
dpi (ou ppp) a cores, ainda que os originais sejam a preto e branco, e salvá-los no formato jpg.
Se não sabe como,
lembramos que há páginas neste espaço que ensinam como utilizar um
scanner e digitalizar imagens.
2 – No momento de
salvar cada uma das digitalizações, ao dar o nome ao ficheiro poderá
adiantar serviço, fornecendo os dados relativos ao postal. Atenção, ao
fazer isto, para que o computador aceite o nome do ficheiro, não poderá
colocar os acentos nas palavras nem utilizar o Ç cedilhado. Eis um
exemplo de nome de ficheiro, tal como faz um dos coleccionadores com
maior número de postais de uma mesma localidade neste espaço comunitário:
003 Caldas da Rainha Rio do Avenal Edicao de Fulano Tal Editado em
1904 Dimensoes 9x14 cm Col M Chaby.jpg
O que é que este nome
de ficheiro nos fornece?
O primeiro número diz
respeito ao da série da edição. Se o postal não apresenta qualquer
numeração, deverá indicar-se, logo no começo SN, ou seja, Sem Número.
Depois vem o texto
explicativo ou legendas impressas no postal. Segue-se a indicação do
Editor. Se no postal não há qualquer referência ao editor e este é
desconhecido, deverá escrever-se «Editor nao indicado».
Repare-se que no
segmento «Editor nao indicado» não colocámos o acento no advérbio de
negação. Se o fizéssemos, o sistema operativo poderia impedir de salvar a
imagem, porque há caracteres que não são permitidos. Lembremo-nos que as
linguagens de programação tiveram por base a língua inglesa. E esta, ao
contrário da nossa, é uma língua sintética e sem acentuação das
palavras.
Quando sabemos a data
da edição, esta deverá ser indicada. Caso não haja nenhuma indicação,
registaremos SD (isto é, Sem Data). Na parte final, encontram-se as
dimensões exactas do postal e o nome do coleccionador. Quando o postal
circulou pelos correios, é de toda a vantagem indicar, entre parênteses,
depois do nome do coleccionador, a referência «Circulado no ano tal».
Isto ajudar-nos-á a situar o postal no tempo.
3 – À medida que os
postais vão sendo digitalizados, convirá guardá-los numa pasta
específica, para depois sabermos onde ir procurá-los antes de os
enviarmos anexados às mensagens para o coordenador do espaço «Aveiro e
Cultura».
4 – Com todos postais
digitalizados (ou à medida que os formos digitalizando), bastará
utilizar o e-mail e mandar a mensagem para o endereço do coordenador
henriquejcoliveira@gmail.com
não esquecendo de
anexar uma ou duas imagens, ou seja, um ou dois postais de cada vez, e
carregar no botão de enviar.
5 – A partir do
momento em que o coordenador do espaço começar a descarregar os postais,
fará o seguinte: se a localidade ou tema ainda não existe, criará uma
nova folha e os postais começam a ser disponibilizados na Internet,
depois de retocados, se for caso disso, e redimensionados para um
tamanho adequado; se o tema já existe, irão juntar-se por ordem de
chegada aos já existentes.
6 – Se o
coleccionador possui uma razoável colecção, poderá e deverá figurar na
galeria com os nomes dos coleccionadores. Para isso, se assim o
pretender (porque isto «não é uma obrigação, mas sim uma devoção»),
deverá enviar uma foto pessoal e uma breve referência biográfica.
7 – Quando a colecção
era de um antepassado e foi por nós herdada, poderá fazer-se tal como os
herdeiros de Américo Carvalho da Silva, de Aurélio Dinis Marta ou de
Carneiro da Silva. Os álbuns foram emprestados por uns dias,
digitalizados e devolvidos (alguns até restaurados, porque estavam em
mau estado) e hoje os seus nomes, em vez de terem caído definitivamente
no esquecimento, figuram no espaço comunitário «Aveiro e Cultura». Se
sabe trabalhar com o scanner, pode fazer como, p. ex., Amílcar
Monge da Silva, que os manda já digitalizados em alta resolução e com as
legendas num texto anexado em formato txt, cabendo-nos a nós
redimensioná-los e colocá-los nas páginas respectivas.
Para dúvidas e eventuais
esclarecimentos, a solução é fácil: contactar-nos, utilizando o endereço
acima fornecido.
Um
bom trabalho e, sobretudo, muitos anos mais a coleccionar postais.
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