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Revista Alentejana (2ª série) in memoriam. Um texto para memória, o Estatuto Editorial e 26 editoriais. Lisboa, 2011, 36 páginas.


«Tal caco tal caqueiro»
«Guerreando guerreando vão fazer as pazes à cevada»

Estas frases apanhadas numa conversa entre Alentejanos sobre regionalização, são elucidativas da opinião que o faz-que-faz-mas-não-faz, ataca-aqui-cede-ali, diz-hoje-desmente-amanhã, praticados pelos políticos que nos governam e têm governado nos últimos anos, tem provocado neste povo tradicionalmente enganado.

É evidente, que este cepticismo enraizado nas populações e consolidado pela permanente desinformação, não ajuda em nada.

No entanto, é preciso que os Alentejanos acreditem que a regionalização é imprescindível. É preciso que os Alentejanos creiam num projecto de desenvolvimento integrado abrangendo todo o Alentejo, um só Alentejo. É preciso que os Alentejanos ponha a sua indiscutível capacidade e criatividade a trabalhar e façam coisas, invistam no Alentejo. É, sobretudo, preciso que os Alentejanos lutem por tudo aquilo a que indiscutivelmente têm direito, isto é, a serem donos do seu próprio destino.

Falar construtivamente de regionalização e desenvolvimento é falar das pessoas, é falar da desagregação das famílias provocada pela emigração ao longo dos anos, é falar de regresso acreditando, é sentir que o próximo século pode ser o século do Alentejo e dos Alentejanos.

 

 
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