Pulhítica

CANTIGAS ANTIGAS, EM TEMPO DE CRISE 

Glosando J. Cardoso Pires

 

Cem anos republicanos,

Mais sete séculos reais.

Oito séculos de miséria,

«Arre porra que é demais!»

  

 

Fado Hilário I

 

Quando o Coelho falava,

Na campanha eleitoral,

Impostos não subiria,

Sim às Férias e Natal.

 

Agora que foi eleito,

Já os impostos subiu.

Não conhecia os buracos?

Ou será que nos mentiu?


 

Fado Hilário II

 

O Coelho prometeu-nos,

Com a voz baritonal,

Que se chegasse a Primeiro,

Salvaria Portugal.

 

Mas os subsídios já foram,

E os impostos vão subindo.

Há quem tenha de ficar...

Mas outros já estão fugindo.

O Pirata Da Perna De Pau

 

Eu sou o Ministro

Com cara de mau,

O que nas finanças

Vos dá com o pau.

 

Meu ministério,

Mesmo com crise, não teme inflação.

Minha política

É pôr a malta, sem um tostão.

 

Por isso se os portugueses

Gemem com falta de massa,

Eu grito, sempre em voz baixa,

Paguem impostos... que passa.

 

 

Chiquita Bacana

 

Álvaro docente,

Lá no Canadá,

Veio pra ministro,

Um dia, pra cá.

 

Não quer ser doutor,

Escreve economês,

E pensa vender

O que é português:

 

Águas e PT,

A RTP,

A Caixa, a CP

E os CTT.

 

Álvaro bacano,

Lá do Canadá,

Volta pra Vancouver,

Não fiques por cá.