Pulhítica

CANTIGAS ANTIGAS, EM TEMPO DE CRISE 

Sebastião Come Tudo, Tudo, Tudo

 

Vítor Gaspar come tudo, tudo, tudo,

Vítor Gaspar come tudo quanto quer,

Vítor Gaspar come tudo, tudo, tudo,

Mas um dia não tem mais a quem comer.

 

 

Tia Anica

 

Tia Anica, Tia Anica,

Tia Anica da Fuzeta,

Desta vez não nos safamos,

A coisa está mesmo preta.

Olá, olé,

Tia Anica de Loulé,

Olé, olá,

A coisa está mesmo má.

 

 

 

Lá Vai Uma, Lá Vão Duas

 

Lá vai uma, lá vão duas,

Três tranchinhas a voar...

Mas eu pago, tu também,

Os netos hão-de alombar.

Malhão

 

Ó País, País,

Que vida é a tua?

Pagar o que deves,

Pagar o que deves,

Se não vais prá rua.

 

 

Comadre, Rica Comadre

 

Europa, ó rica Europa,

Ai que eu gosto dos teus milhões.

Gastei-os há muito tempo,

Em betão e obras públicas,

Em estudos e comissões.

 

 

Ó Rama, Ó Que Linda Rama

 

Ó dívida, ó que grande dívida,

Ó dívida de Portugal,

Se não fosse a ateniense,

Não haveria outra igual.

 

 

Era Já Noite Cerrada

 

Era já noite cerrada,

Diz Merkel a Sarkozy :

Na Europa, sem os PIIGS,

Vivia-se bem aqui.