O ARQVIVO DO DISTRITO DE
AVEIRO dará sempre notícia das obras à sua Redacção enviadas quer por
autores quer por editores.
De harmonia com a prática
seguida pelas publicações suas congéneres, fará também algum comentário
crítico aos livros de que receba dois exemplares.
POEMAS LUSITANOS, por
ANTÓNIO FERREIRA, com prefácio e notas do prof. MARQUES BRAGA.
Da Colecção de Clássicos Sá
da Costa, da conhecidíssima e muito conceituada Livraria de Lisboa,
saíram ultimamente os dois volumes que constituem os Poemas Lusitanos,
do notável escritor do século XVI.
O volume I, de XXIV − 262
páginas, aparecido em fins de 1939, contém, além dum bom prefácio do
organizador e anotador, os sonetos, epigramas, odes, elegias e éclogas;
o volume lI, de XXIV − 310 páginas, publicado em Fevereiro de 1940,
insere a restante obra poética do autor, ou seja: um epitalâmio, a
História de Santa Comba dos Vales, as Cartas, os epitáfios e,
finalmente, a tragédia Castro.
Como já se iam tornando
bastante raros os exemplares da última edição de ANTÓNIO FERREIRA, bem
fez a casa editora em promover a sua reedição. Fica assim ao alcance dos
estudiosos uma edição conscienciosa dum clássico que deve figurar em
todas as bibliotecas particulares, ao menos por se tratar do maior
defensor do idioma português no século de Camões.
J. T.
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PAULO FREIRE, UM
INCOMPREENDIDO, por LUlZ BARRADAS (Almedina). Porto, 1940. Folheto
de 8 páginas.
Contém este folheto três
artigos acerca do vigoroso jornalista PAULO FREIRE. O primeiro deles −
Paulo Freire, um incompreendido − foi publicado no "Diário do
Alentejo", em Julho de 1939; o segundo − Paulo Freire e os seus
detractores... − viu a luz no mesmo diário, em Agosto do mesmo ano;
o terceiro intitula-se − O que eu penso de Paulo Freire e o que Paulo
Freire pensa dos três «madeiros de Júpiter» (Lenine, Mussolini,
Hitler) e é datado do Porto em Julho de 1939. Abrem o folheto uma carta
dirigida a PAULO FREIRE (Março de 1940) e uma Sinopse do prefácio duma
obra que não chegou a fazer-se (Agosto de 1939).
J. T
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Outras obras recebidas na Redacção do Arquivo:
Labor − Revista de
ensino liceal. N.º 104. Aveiro.
Clínica, Higiene e
Hidrologia − Lisboa. Revista mensal. N.º 11 e 12, ano V, e n.º 1 e
2, ano VI.
Revista de Guimarães
− N.º 3 e 4. vol. XLIX.
Portucale − Revista
de cultura. Porto. N.º 70 a 72.
Boletim de Trabalhos
Históricos − Arquivo Municipal de Guimarães, N.º 4, vol. IV.
/ 79 /
Estudos − Revista de cultura e formação católica. Coimbra. N.º
180 a 184.
Boletim da Casa das
Beiras − N.º 13, 14 e 15. Lisboa. Revista mensal do regionalismo
beirão.
O Porto de Aveiro −
Conferência realizada em 24 de Julho de 1938, no Teatro Aveirense, pelo
Ex.mo Sr. Conselheiro FERNANDO DE SOUSA. Edição da Junta
Autónoma da Ria e Barra de Aveiro. Aveiro, 1939.
Notícia sobre as
indústrias marítimas na área, da jurisdição da Capitania do porto de
Aveiro, pelo capitão de mar e guerra S. R. DA ROCHA E CUNHA.
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Publicações do Museu e
Laboratório Mineralógico e Geológico da Faculdade de Ciências do Porto:
Estudo da cassiterite do
concelho de Alijó, pelo Dr. J. M. COTELO NEIVA.
Insectos do estefaniano do Douro Litoral, pelo Dr. CARLOS
TEIXEIRA.
Sobre o Sphenophylum Costae Sterzel do carbonífero português,
pelo Dr. CARLOS TEIXElRA.
Contribuição para o estudo do Estefaniano dos arredores do Porto,
pelo Dr. CARLOS TEIXEIRA.
A cidade do Porto e o terramoto de 1755 (alguns documentos), pelo
Dr. DOMINGOS ROSAS DA SILVA.
Nódulos Graníticos − I. S. Gens., pelo Dr. DOMINGOS ROSAS DA
SILVA.
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Padres do Arcebispado de Braga-Primaz, do século XVII, pelo Dr.
ARTUR MENDES DE ALMEIDA E TÁVORA.
Encontra-se concluído o 1º
volume desta utilíssima colecção de extractos de processos para
ordenação no Arcebispado de Braga, durante o século XVII. Abrange os
apelidos alfabetados de ABREU a FRAGOSO, fornecendo subsídios muito
importantes para o estudo genealógico, sobretudo do Norte do país.
Fazemos votos pelo
prosseguimento e conclusão de tão valiosa obra.
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GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA
Está publicado o fascículo
LX, correspondente a Março de 1940, e com ele termina o 5.º volume, o
que representa invulgar triunfo para o Meio editorial português, que
importa assinalar. Deve-se este êxito incontestável à compreensão e ao
carinho do Público, mas provém, fundamentalmente, das sólidas bases em
que os organizadores da. emprêsa a lançaram e da criteriosa orientação
seguida pelos seus directores. A uns e a outros, as nossas cordiais
felicitações.
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