Homem Christo, Monárchicos e Republicanos, 1.ª ed., Porto, Livraria Escolar Progrédior; 1928, 411 páginas.

Monárquicos e Republicanos

Desta obra, recebida graças à amável oferta de um leitor do espaço «Aveiro e Cultura», efectuamos apenas a reprodução das sínteses de cada capítulo, criando assim uma espécie de índice de conteúdos inexistente no original. Nota: Texto com a ortografia actualizada)
 


Índice com resumo dos conteúdos

Advertência.

I - O meu comentário ao final de uma carta do Sr. tenente-coronel Salustiano Correia, dizendo: «Razão tem Brito Camacho quando diz que isto, por mais voltas que lhe dêem, nunca se endireita.»

II – Começa-se a demonstrar que a escola pública dos monárquicos, onde se educaram os republicanos, foi, efectivamente, depravada.

III – A estupenda campanha contra o rei D. Luís. Mas a causa da depravação política nacional estava no rei, ou naqueles que o acusavam?

IV – Bem se vê, dizia o rei, que estes cães comeram ainda na gamela da Ajuda. Com efeito, chamados os progressistas ao poder, o rei passou, in-continenti, a ser... um grande rei! E o reino... um dos mais venturosos do mundo! O rei conhecia-os.

V – Oliveira Martins, o da Vida Nova, alvitra como os da Vida Velha, que seja expulso do trono o rei D. Luís. Continua-se a demonstrar a falta de sinceridade e de probidade com que o rei era combatido.

VI – Morte do rei D. Luís. Lúgubres vaticínios em volta do novo rei, D. Carlos I.

VII – Afinal, segundo os mais eminentes jornalistas da monarquia, ninguém tinha força: nem o rei, nem os partidos, nem o povo.

VIII – Evidentemente, o desmoralizado era o rei, e não o desmoralizador. Não era ele quem desmoralizava o sistema, os homens e os partidos, mas os homens e os partidos quem desmoralizava o sistema e o rei.

IX – D. Carlos não pagava só os erros e os vícios de três ou quatro gerações dissolutas. Pagava, sobretudo, o crime de ter nascido... com mais virtudes do que os outros.

X – A monarquia até analfabetos como professores de instrução primária mandava para as colónias. Ainda na desastrosa administração colonial os republicanos foram fiéis discípulos dos monárquicos.

XI – Como os republicanos falavam da aliança inglesa no tempo do regime monárquico, D. Jaime de Bourbon censurava que o governo de seu primo D. Afonso não houvesse aproveitado a crise que se seguiu à proclamação da república para fazer... a conquista de Portugal. Por mais que o disfarcem, continua sendo esta a eterna aspiração de todos os espanhóis.

XII – O ultimatum de 11 de Janeiro de 1890, brutal na forma e na essência, sendo o resultado da inépcia com que haviam procedido os estadistas monárquicos, veio dar novo pasto à propaganda republicana.

XIII – Rápida história dos primeiros passos do partido republicano em Portugal.

XIV – Os violentos ataques a José Elias Garcia quando se constituiu o partido republicano. Publicamente repudiam a sua atitude Oliveira Marreca, Latino Coelho, Jacinto Nunes e Bernardino Pinheiro.

XV – Depoimento de um jornalista sobre José Elias. Teófilo Braga comenta a atitude dos partidários e adversários de José Elias acremente.

XVI – Continuam os seus depoimentos Eduardo Tavares e Teófilo Braga. Por fim os grupos republicanos unem-se em «noivado auspicioso». Mas quem pagava as despesas do noivado e os presentes aos noivos era, como sempre, o tesouro público.

XVII – Ainda na lua-de-mel do auspicioso noivado, veio a porca questão da Salamancada. Fontes exclama: «Se José Elias não existisse seria preciso inventá-lo.» Assim ficou consagrada a república sem republicanos que veio continuar a remenda obra de estúpida desmoralização da monarquia sem monárquicos.

XVIII – A doentia susceptibilidade portuguesa perante o ultimatum. Guerra Junqueiro e os seus patrióticos dislates.

XIX – O reaccionário Alfredo Pimenta, escrevendo na “Voz” um artigo sobre a “Pátria” de Guerra Junqueiro, reforça o que dissemos no capítulo anterior.

XX – António José de Almeida funda o «Ultimatum» e nele publica um violentíssimo artigo contra o rei. João de Menezes vem em seu reforço na “Pátria”, órgão da rapaziada das escolas.

XXI – João Chagas, antigo palafreneiro real, funda no Porto a “República Portuguesa”, que vem dar a última prova da anarquia em que o país se abismava.

XXII – Onde se apontam casos que mais uma vez demonstram que não havia ideal nenhum, mas simples «videirismo», nos que se propunham derribar por todos os processos o regime monárquico. Como esses e outros, monárquicos e republicanos, dissolveram o carácter português.

XXIII – Chaga explica como o seu jornal “A República Portuguesa” fez a sua obra de sublevação entrando resolutamente pelas casernas dentro. Nele começaram a escrever, ou escrevia Chaga dizendo que eram eles, soldados, cabos, sargentos, oficiais, dizendo todos, de mistura com os civis, as coisas mais espantosas contra o rei e o regime. E tudo se permitia livremente! § Como se tem dito, foram os monárquicos que mataram a monarquia, como os republicanos, seus discípulos, têm feito tudo para matar a república. § Famosa incompetência!

XXIV – Os estudantes da Universidade de Coimbra publicam um manifesto, rivalizando em desbragamento de linguagem contra o rei com oficiais, sargentos, cabos e soldados.

XXV – De tanto relaxamento, de tão espantosa impunidade até o Chagas se espantava.

XXVI – Conclui-se que o reinado de D. Carlos não podia ser senão o que foi: uma contínua ditadura. Ele queria ser rei constitucional. Mas nunca o deixaram realizar esse propósito.

XXVII – Começa o meu depoimento. Fui preso como um dos autores do 31 de Janeiro. A falsa denúncia da Santos Cardoso. O que valia esse tratante.

XXVIII – As relações entre João Chagas, Santos Cardoso, José Elias Garcia e Teófilo Braga. O jogo bifronte deles todos e a situação abjecta desses homens perante o «maître chanteur» Santos Cardoso.

XXIX – Onde se demonstra que foi o espírito de Santos Cardoso que ficou pairando, a dominar até hoje, no partido republicano.

XXX – João Chagas, que em 1887 pegava na rédea do cavalo do rei D. Luís e escrevia ditirambos em prosa em honra do anjo da caridade, foi acusado mais tarde de souteneur e escroc. Restabeleça-se a verdade histórica. Não era um souteneur nem um escroc, mas tão-somente,... uma instituição!

XXXI – Voltemos à minha traição. O que eu escrevi no Banditismo Político e no 31 de Janeiro.

XXXII – Continua a história da minha traição. Congresso republicano de 4, 5 e 6 de Janeiro de 1891.

XXXIII – Conclui-se a história da «minha traição» e averigua-se quem foram os verdadeiros traidores.

XXXIV – Conclusão.

 

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23-Novembro-2006