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Em noite sem lua,
De forte invernia,
O vento gemia
Lá, nos pinheirais.
E a chuva caía,
Mais forte, mais fria,
E cada vez mais.
Rugia o trovão,
Enorme e medonho.
E a chuva caía,
Mais forte e mais fria,
No meu coração,
Cansado e tristonho.
Na noite sem sombras,
Sem luz e sem cor,
Despida de vida,
Desnuda de amor,
Orei… numa prece
A Nosso Senhor,
Confuso, mas crente.
E a lua nasceu,
A chuva parou,
O vento morreu
E tudo acalmou.
E a noite desnuda
De luz e de amor
Ficou queda e muda.
Nasceram estrelas,
A lua brilhou…
De novo, aos meus lábios,
A prece voltou.
Inícios da década de 1960 |