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Mui ilustre
e nobre dama dos longos cabelos e caracóis,
Por mercê do Altíssimo, (que seja louvado!), caíram em meus
ouvidos
as palavras da vossa intenção de decorar o ilustre elmo dum
conhecido
Cavaleiro deste Castelo, com não menos ilustre armação.
Aceitai,
pois, Senhora minha, este cruzado, de corpo e alma feridos em
terças gloriosas com infiéis e mui nobres cavaleiros, e deixai
que vosso
lenço me acompanhe.
Não seria,
para mim, senão a suprema glória de descansar minha lança
em riste, não no ogival arco do humano triunfo, mas sim,
na perfeita elipse da Mulher.
Que melhor
remanso para uma lança em riste, cansada de liças, e que
melhor lição para o nobre Cavaleiro que assim vos desmereceu?
Possa vosso
lenço eu desfraldar, e em glória, a lança em riste eu terçar!
E se vossas Aias e Pagens, mal interpretarem o elipsoidal
arco,
lembrai-lhes, Senhora minha, que pode ser,
só um beijo...ou um abraço...
Do mui
nobre e ilustre Cavaleiro, que bem conheceis,
D. Eduardo
Manuel da Silva e Maia Sarmento Ataíde Pimentel
France de Figueiredo,
Visconde
Castelo C+S de Paço de Sousa
S. Valentim
aos 15 de Fevereiro do ano da Graça de 1993
neste Reino de Portugal
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