Se houve um homem despegado
dos bens materiais, condenador
da ganhuça, desprezador do vil metal...
— esse homem foi ANTÓNIO SÉRGIO.
António
Sérgio, algum dia
Durante a vida, pensou
Qu'a sua fotografia,
Depois da sua morte, iria
Chegar aonde chegou?!
Por sempre
ter condenado
O rico que tudo come,
Sem se lembrar qu'a seu lado
Há sempre um desventurado
Que morre por passar fome,
Teve que
sofrer, com paixão,
Na vida, certos revezes
E feroz perseguição
Que, pela mesma razão,
Sofreram mais portugueses!