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Os
olhos que levanto ao céu
Estão rasos de água –
Mistura de alegria, de incerteza,
Duma tão grande e infinita mágoa,
Paradoxalmente ligadas na beleza.
Sinto
como um não querer... mesmo a gostar.
A alma saboreia, sem provar,
O coração palpita com ardor.
E sob enorme, imensa nostalgia,
Que em todo o homem já surgiu, um dia,
O paradoxo é divino: o Amor.
Idos de Abril de 1972
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