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Olhai!
– Há folhas caídas,
Espalhadas pelo chão.
Nas suas cores esbatidas,
A morte torna-as vencidas.
Levadas pelo vento… lá vão!
Outras,
ainda viçosas,
No vento forte, a oscilar,
Ficam olhando, saudosas,
Suas irmãs que, chorosas,
O Outono quis levar.
E
lentamente, uma a uma,
Nos braços da árvore-mãe,
A sua vida se esfuma…
E, suaves como pluma,
Lá vão caindo também.
E o
vento enorme, gigante,
Dum sopro avassalador,
Tudo leva, de rompante:
O Outono, de ora avante,
É
o seu rei e senhor! |