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Vergônteas tenras,
Crianças vegetais,
Primaveras!
Sois que despontam
E apontam,
No nevoeiro,
Mais quimeras!
Renovar constante
Da Vida,
Destruída,
No inverno que passou,
Mas deixou
O repouso que guardou
Em sua capa branca,
A força que desponta
E amedronta,
Faz tremer e cair
A pedra tumular
Que pretende impedir
O grito de ser GRITO
E ecoar
Nos pomares e nos campos,
Em todo o mundo verde,
Cansado de esperar
O despertar
Que é LIBERTAÇÃO,
Quando a metralha
O não retalha,
Ao fazer avançar
O homem contra o HOMEM,
Por vezes a cantar
Pra melhor enganar
A força ignorada que nele mora
E que, sabiamente,
É mantida
Adormecida,
A troco de ilusões,
Ópios, patriotismos e outros ismos,
Quando devia chamar
O HOMEM de toda a Terra
A única luta
Verdadeira:
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Aquela que travasse
Contra a GUERRA! |