a noite que nenhuma mão alcança, 1.ª ed., Leiria, 2018, p. 17
todas as manhãs se levantam e caminham para a morte e das mãos erguem casas desenham cores lápis algodão abraçam os filhos e os retratos olham o reflexo das lágrimas que deixam pelo chão e depois vão pelas tardes distraídos misturam-se com as aves evitam a chuva e os dias frios mas morrem por todo o lado ou então chegam tarde e à noite e abraçam os filhos inventam alegrias e palhaços para que a vida não pareça tão estreita