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Dragão do mar
O animal
mais raro do mundo, o dragão do mar vive nos jardins de coral
do Sul da Austrália.
Caracteriza-se
por possuir uma anatomia extravagante: parece um híbrido de
animal com vegetal, mas, na verdade, disfarça-se de planta.
Nome Científico
phylopteryx
folliatus.
Este animal
possui apêndices carnudos em forma de folha, que lhe decoram o
corpo, dando-lhe o aspecto de alga. Disfarça-se de tal forma
que pode tornar-se praticamente invisível e confundir-se com
uma delas.
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Predadores
naturais
As raias, os
tubarões e os animais do seu habitat são os predadores
naturais.
Comprimento
O dragão do mar
chega a atingir cerca de 45 cm. Possui uma cabeça altiva como a
de um cavalo. É, aliás, da família dos hipocampos
(cavalos-marinhos). Contudo, pertence ao grupo dos peixes teleósteos.
Descrição do
corpo do animal
Em vez de se
deslocar na horizontal, o dragão do mar fá-lo na vertical. Não
possui barbatana caudal que serve, na maioria dos peixes, para
se moverem. No lugar desta tem uma cauda preênsil, parecida com
a dos macacos, dirigida para a frente, que lhe permite
pendurar-se nos caules das plantas do ambiente marinho no acto
de se alimentar das mesmas. Camarões e outras criaturas minúsculas
também fazem parte da sua dieta. Agarra as presas, suga-as com
o ossito largo que constitui a cavidade bucal e tem a forma de
um tubo.
Deslocando-se na
vertical é, porém, um nadador muito lento. Calcula-se que
levará dois dias a percorrer um quilómetro. Pensaríamos à
primeira vista que emprega, para se deslocar os apêndices
carnudos em forma de folhas. De facto, fá-lo com as suas minúsculas
barbatanas peitorais.
Habitat
O meio natural do
dragão do mar são os recifes maravilhosos do Sul da Austrália.
Técnicas de
defesa e de ataque — Mimese
O dragão marinho
utiliza a camuflagem como forma essencial de defesa e de ataque,
num universo colorido de fauna e flora que são os corais do Sul
da Austrália. Assim, nem o predador com a vista mais apurada
pode distingui-lo quando se mascara entre os bosques de algas.
Ao menor sinal de perigo, pode mudar de cor — à maneira dos
camaleões — e confundir-se com o meio ambiente. O dragão do
mar pode ainda olhar simultaneamente em direcções opostas,
visto que cada olho se move independentemente um do outro.
Quando acossado pelos predadores, consegue aumentar
aparentemente o tamanho normal.
Reprodução
As fêmeas da família
dos hipocampos (cavalo-marinho) põem os ovos numa bolsa que o
macho possui no abdómen, semelhante à bolsa marsupial dos
cangurus. O macho fecunda os pequenos ovos e transporta-os até
à eclosão. Enquanto se encontram incubados na bolsa paterna,
pode acontecer que alguns dos nascituros morra, dando lugar à
formação de gases derivados da putrefacção. O macho incha
então como um balão e é arrastado para a superfície. Longe
do esconderijo e à deriva, o animal fica à mercê de qualquer
predador que vagueie pelos arredores e completamente indefeso.
No caso do dragão do mar, este possui uma solução para o
problema: no lugar da bolsa, o macho dispõe de uma matriz
esponjosa à qual aderem naturalmente os ovos. Se alguma das
crias morrer, o gás resultante da putrefacção não fica
retido e a vida do progenitor, assim como da prole, não correrá
qualquer perigo. Após seis semanas de fecundação, nascem várias
dezenas de crias com a forma de dragões do mar em miniatura.
Bibliografia
utilizada
Adaptação
do texto de T. de La Cal, in “Hola!” n.º 3064 de 1 de Maio
de 2003, págs. 148-150 e fotos de Howard-Michele Hall, que
ilustram o mesmo artigo.
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