Nascido numa pequena aldeia do Douro, cedo se confrontou com
a insularidade das fronteiras e do pensamento.
A
fome do mundo e o serviço militar obrigatório levaram-no à
procura de novos horizontes. Paris era a luz compulsiva, o
cruzamento do mundo, o espaço infindo onde tudo era novo.
Encetou em Paris uma luta diária pela sobrevivência,
sentindo na pele o drama da emigração clandestina com todas
as vicissitudes e dificuldades inerentes.
Eterno perscrutador da mente e da natureza
humana, procurou na escrita e na fotografia registo físico e
etéreo, colocando sempre os sentimentos e as injustiças em
lugar de destaque.
|