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Exposição Anual de AVEIROARTE 2006 - Galeria Morgados da Pedricosa - Aveiro


          Memórias        

 

F. Távora e auto-retrato. Foto de Guilherme Ribeiro.
Fernando Távora e auto-retrato. Foto de Guilherme Ribeiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Edifício da autoria de Fernando Távora, situado na Praça da República, em frente à Câmara Municipal de Aveiro.
Edifício da autoria de Fernando Távora, situado na Praça da República, em frente à Câmara Municipal de Aveiro.

 

 

 

Retrato da filha Luísa Teresa por Fernando Távora.
Retrato da filha Luísa Teresa
por Fernando Távora.

FERNANDO TÁVORA nasceu no Porto em 1923 e morreu em 2005. Em 1952, formou-se pela Escola Superior de Belas Artes do Porto, onde fez parte do corpo docente.

Álvaro Sisa, seu aluno, referindo-se à sua pedagogia, disse que esta "não tem a ver com modelos, com respostas sistemáticas, know-how. /.../ Mas que tem a ver com humana condição, abertura, prudência, compreensão, permissividade por vezes, dúvida, vontade, intransigência. Um leque de contradições, a que não bastam 180°, do qual nascem lições de Arquitectura".

Em 1963, aquando do estudo realizado para a zona central de Aveiro, no plano de pormenor, inovando, indicou uma forma diferente de tratar a questão da renovação da área central. Como refere Nuno Portas "... o canal é revalorizado, a praça introvertida e apenas fechada para o canal pelo edifício municipal de serviços. A torre mirante, de alcance para além do horizonte da cidade, seria essencial à compreensão da estrutura do conjunto".

Em 1954, Fernando Távora projectou o Edifício Municipal e Biblioteca, popularmente chamado de "edifício cor-de-rosa", no local onde, segundo o mesmo, se situou o solar de seus antepassados, edifício que Sisa Vieira afirma que "se desprende em objecto arquitectónico" e que Távora justifica "para garantir a identidade e dignidade cívica do edifício". Para Bernardo Ferrão "...o seu desenho procura uma integração ambiental, aceitando e prolongando o discurso arquitectónico pré-existente", concluindo que "a composição das fachadas, o tratamento cuidadoso das áreas exteriores, a autonomização do desenho de pormenor e o acabamento cromático, /.../ fazem pressentir a influência da arquitectura historicista de Albini e Gardella que Távora conhecera /.../ assim como a das tipologias habitacionais correntes de Veneza". Durante muitos anos, o "Edifício Fernando Távora" albergou a Biblioteca Municipal e Arquivo Distrital, o Salão Cultural, a Repartição de Finanças e a Oficina de Turismo. Hoje mantém-se aí o Salão Cultural, é sede de algumas associações culturais, e encontram-se nele os Serviços de Cultura da Câmara Municipal, Aveiro Digital, a Livraria da Câmara e, de forma residual, no rés-do-chão, um espaço que tem servido para exposições temporárias.

Claudette Albino


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