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De lucidez brilhante e
disponível
A bondade partilhada, a bonomia
Tudo foi varrido com a memória
No último quadrante da sua vida;
Anda perdido e de cabeça baixa
Tropeça nas pedras, nas palavras
E no esquecimento, a sua némesis,
Vê o que outros não conseguem ver
Cruzando os braços sem firmeza
Vai abraçar mundos que não existem
Enquanto nuvens carregadas de tristeza
Saídas da penumbra da nossa finitude
Impulsionadas pelo ciclone do destino
Cobrem a dolorosa angústia dos amigos.
Maio de 2025 |