10º Festival Nacional de Folclore - 16 de Julho de 1994 – pp. 39 e 40

Rancho de Folclore e Etnografia

"Os Ceifeiros da Bemposta"

 

O Rancho de Folclore e Etnografia "Os Ceifeiros da Bemposta", fundado no dia 24/09/67, é uma actividade cultural do Grupo Musical e Recreativo da Bemposta. Dedica-se fundamentalmente a recolhas, estudo e divulgação das mais antigas tradições populares da nossa região saloia, particularmente no que diz respeito a trajes, cantigas, danças, costumes e tradições.

Desde 1967 temo-nos empenhado em renascer os costumes que mais marcaram a região no passado século como seja: as adiafas, os bailaricos e as tradicionais praças dos homens.

Os trajes que o nosso rancho enverga são bem característicos da época que pretendemos retratar e foram / 40 / cuidadosamente concebidos de peças originais, fotografias e outras recolhas feitas com a finalidade de representarmos com a maior exactidão possível o modo de vida do passado século.

São entre outros os seguintes: o vindimador, o ceifeiro, a vendedora do caldo da fava rica, a leiteira, o cavador, a lavadeira, despedida de solteiro, traje dos noivos, trajes domingueiros e religiosos.

A Bemposta está situada na Estremadura a cerca de 20 Km de Lisboa, é uma pequena aldeia inserida na freguesia de Bucelas pertencente ao concelho de Loures.

Somos o rancho mais velho do nosso concelho e o primeiro a ser filiado na Federação do Folclore Português, filiado também no INATEL e sócio fundador da Associação do Distrito de Lisboa para a Defesa da Cultura Tradicional Portuguesa.

Durante a nossa existência temos participado em muitos desfiles folclóricos e etnográficos, em festivais regionais, nacionais e até mesmo internacionais. Mais recentemente organizámos o nosso 3º festival de folclore infantil, fazendo assim desde já a nossa aposta no futuro.

Possuímos um vasto núcleo museológico, no qual temos expostas peças raríssimas, que serviram de suporte à elaboração dos nossos trajes, peças doadas com muito carinho e com o intuito de podermos mostrar o que há de mais antigo na nossa região. Podemos afirmar com muito orgulho que temos tantos exemplares que já lutamos com falta de espaço para os expor.

Vinte sete anos volvidos muitas coisas foram feitas, mais ainda há que fazer; no entanto, é preciso semear para depois colher, deixamos o nosso agradecimento muito especial aos que estiveram connosco e aos que continuam esta maravilhosa obra e pedimos aos mais jovens que continuem o nosso trabalho.

 

 

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