10º Festival Nacional de Folclore - 16 de Julho de 1994 – pp. 5 a 18

AS GAFANHAS ANTES DA RIA *

Por Paulo Teixeira

Ao iniciar a apresentação deste trabalho, queria, em nome do Grupo que represento, Etnográfico da Gafanha da Nazaré, agradecer ao Grupo organizador deste colóquio a oportunidade que nos deu de podermos vir aqui falar um pouco sobre a nossa região, as Gafanhas. Ao mesmo tempo queria também felicitar, em meu nome e em nome do Grupo Etnográfico, os "Camponeses da Beira-Ria" pelo magnífico trabalho que têm vindo a desenvolver em prol do Folclore e da Etnografia, e desejar que esta iniciativa, que já vai na sua quinta edição, se continue a realizar, cada vez com mais impacto a nível geral e, em especial, junto das pessoas que não estão tão sensibilizadas para estes assuntos.

Quando o Grupo me propôs apresentar este tema, pensei um pouco com os meus botões e achei que, à primeira vista, seria um assunto sem ponta por onde se lhe pegar. Mas, depois de reflectir algum tempo, e de ter consultado algum material que tinha ao dispor, comecei a verificar que era possível obter algo com interesse para vir apresentar a este colóquio.

Irei começar por situar geograficamente a zona das Gafanhas.

É uma zona que, como podem observar na figura n° 1, começa na Gafanha da Nazaré, e termina já bastante perto de Mira, na Gafanha do Areão. Abrange por isso dois concelhos: Concelho de Ílhavo, do qual fazem parte as Gafanhas da Nazaré, da Encarnação, do Carmo, da Boavista e a Gafanha de Aquém.

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Por sua vez, no Concelho de Vagos, ficam as Gafanhas da Boa-Hora, da Vagueira e do Areão. Pode considerar-se esta zona como sendo uma península, já que se encontra rodeada de água por todos os lados, excepto por um, que é precisamente aquele que dá ligação para Vagos e Mira. A chamada zona das Gafanhas tem cerca de setenta quilómetros quadrados de superfície, apresentando como característica predominante, o facto de ser uma zona muito plana, formada essencialmente por solos bastante arenosos.

Desde sempre as Gafanhas viveram muito ligadas à Ria de Aveiro, já que grande parte dos seus habitantes trabalhavam em actividades directa ou indirectamente relacionadas com a Ria; por exemplo, a pesca, a extracção do sal, a construção naval, as redes, a pesca do bacalhau e muitas outras que hoje em dia, por força da crise em que andam as pescas, foram desaparecendo, obrigando muitas das pessoas a procurarem / 7 / empregos noutras actividades.

Mesmo a agricultura estava bastante ligada à Ria, pois era lá que se ia buscar o moliço para estrumar a terra, o junco para servir de cama aos animais e até as lamas que ajudavam, e muito, nas regas, pois os terrenos arenosos absorviam a água, e era necessário "forrar" os regos por onde esta corria, para que não se perdesse e chegasse onde o lavrador pretendia.

Socialmente, existe nesta zona uma grande mistura de pessoas; aqui se juntaram gentes de vários pontos do nosso país, pois vinham aqui encontrar o que não havia nas suas terras de origem – trabalho e, por consequência, melhoria das condições de vida. Como resultado, temos que as pessoas das Gafanhas sofreram influências de outras gentes, razão pela qual se modificaram certos hábitos, como, por exemplo, a maneira de vestir, ou mesmo a linguagem, originando uma terra com uma maneira muito própria de viver, que não tem comparação com a de qualquer das localidades vizinhas, nomeadamente Ílhavo e Aveiro.

Após esta pequena apresentação das Gafanhas, será de certa maneira pertinente colocar no ar a seguinte questão:

Se as Gafanhas estavam tão intimamente ligadas à Ria, como seriam antes da Ria? Ou, posta a questão de outra maneira, será possível imaginar as Gafanhas sem a "companhia" das águas da Ria?

É isto que vou tentar explicar de seguida.

E vou começar por falar um pouco sobre como terá surgido o nome Gafanha.

Muitas hipóteses se levantaram, umas com mais credibilidade, outras com menos; umas que se foram mantendo durante vários anos, outras que foram imediatamente postas de / 8/ parte, por se ter chegado à conclusão que eram totalmente inverosímeis.

Vou passar a analisar algumas destas hipóteses:

Segundo alguns estudiosos, que a este tema se dedicaram, a origem mais provável e mais credível é a que liga o nome Gafanha à apanha do junco, que, devido às condições que estes terrenos apresentavam, se desenvolvia com grande facilidade nas margens da Ria. Um dos instrumentos usados para o corte do junco era a GADANHA. Ora, segundo o Padre João Gaspar, que a este assunto dedicou largos tempos de estudo, é muito plausível que as pessoas que se juntavam para fazer a apanha dissessem uma para as outras: "Vamos GADANHAR às praias do junco". Como o povo é fértil em deturpar frases ou palavras, trocando as letras de modo a tornar mais fácil a dicção, poderiam ter começado a dizer "Vamos GAFANHAR às praias do junco", trocando assim o "D" / 9 / pelo "F", como trocavam as letras, por exemplo, em "sinto", dizendo "sento" ou "pensamento", dizendo "pansamento". Segundo o Padre João Gaspar, era mesmo muito frequente o povo, na sua simplicidade, arranjar maneiras mais práticas para dizer certas coisas, sem ligarem absolutamente nada às regras gramaticais. Ainda hoje, por vezes, se diz quando uma pessoa pronuncia erradamente uma frase "Dás cada pontapé na gramática"; assim também os nossos antepassados o faziam para conveniência própria.

Ora com esta troca, de "gadanhar" para "gafanhar", teria chegado uma altura em que diziam simplesmente "Vamos à GAFANHA", referindo-se sempre ao acto de gadanhar, ou gafanhar. E, assim, esta expressão foi-se divulgando e enraizando nos hábitos vocabulares das gentes daquele tempo, passando a dizer sempre" Vamos à Gafanha".

Esta origem para o nome Gafanha é, portanto, a mais bem aceite pelos diversos historiadores; mas muitas mais existem, e irei referenciar algumas:

Uma das que, durante bastante tempo, foi também sendo sustentada por algumas correntes de opiniões, era a que defendia que esta zona teria sido uma gafaria, ou, por outras palavras, um sítio onde se refugiavam os leprosos, pois, nesses tempos, a lepra era considerada uma doença maldita, e quem dela padecesse era expulso das comunidades e obrigado e viver isolado, ou apenas em contacto com outros leprosos. Mas, como até aos dias de hoje nunca se encontrou nenhum sinal que indicasse a presença nestas paragens de qualquer gafaria, esta hipótese foi sendo posta de parte.

Há ainda uma outra teoria ligada com a anterior, embora talvez menos divulgada, que refere que esta terra, por ser bastante deserta, fosse comparada à pele dos leprosos, que por / 10 / motivo da doença se tomava seca e rugosa, sendo assim de certo modo parecida com os solos da Gafanha, também eles secos, rugosos e ásperos. 

Para terminar esta parte referente às origens do nome Gafanha, quero ainda referir uma outra possibilidade, que diz que o nome destas terras poderá ter vindo da palavra "GALAFANHA". Quem referiu esta possibilidade foi Pedro José Marques, no seu livro "Dicionário Geográfico abreviado das oito províncias dos Reinos de Portugal e Algarves", publicado em 1853. Na altura dessa publicação, o autor refere uma zona da freguesia e concelho de Vagos, que se chamaria Galafanha, embora já na altura fosse vulgarmente denominada de Gafanha. Na origem desta palavra, estariam duas palavras distintas, "GALA" e "FANIA", que depois se teria transformado em "FANHA". "GALA", na sua origem, quereria significar zona alagada; como exemplo, podemos referir a ainda hoje chamada Gala, na Figueira da Foz, à qual, quem conhece, pode facilmente reconhecer certas semelhanças com as nossas Gafanhas. "FANIA", seria uma palavra que significaria, após ter sofrido várias transformações, que não importa muito estar a referir, uma zona em que abundariam certas plantas selvagens, como, por exemplo, o junco, ervas e outras que cresciam sem qualquer intervenção do homem. Assim, por associação, pode dizer-se que, se esta teoria fosse verdadeira, o nome de Gafanha adviria do facto de esta ter sido zona alagada, onde cresciam plantas selvagens.

Irei agora parar um pouco de falar sobre a Gafanha, para falar sobre a Ria, já que o grande objectivo deste trabalho é estabelecer a ligação entre estas duas vertentes, a terra, representada pelas Gafanhas, e a água, pela Ria.

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Para começar a falar sobre a Ria, irei recuar até antes dos séculos X-XII, para mostrar que, nessa altura, ainda não existia Ria de Aveiro.

A costa portuguesa era muito, mas mesmo muito, diferente daquilo que é nos nossos dias. Assim, o mar tocaria directamente em povoações como Ovar, Estarreja, Angeja, Ílhavo, Aveiro e outras, conforme se pode observar na figura nº 2. Inclusivamente, o Rio Vouga vinha lançar as suas águas directamente no mar, numa espécie de estuário, que se situava entre Angeja e Cacia.

Refere o Padre João Gaspar nos seus estudos, que, hipoteticamente, cerca de 18.000 anos antes de Cristo, o nível médio das águas do mar encontrar-se-ia cerca de 130 metros abaixo do seu nível actual. Assim, pode-se pensar que a linha da costa estaria cerca de quarenta quilómetros mais para Oeste, e que, nessa faixa, existiria uma densa e rica vegetação selvagem. Abro aqui um parêntesis, para referir que, ainda não há muito / 12 / tempo, na zona das Gafanhas, era frequente, ao abrir-se um furo para qualquer efeito, aparecerem bolsas de gás, que podem ter resultado, precisamente, dessa vegetação, que, ao ter ficado submersa, terá entrado em decomposição; e hoje, ao apanhar uma pequena aberta, libertam-se os gases resultantes dessa mesma decomposição. Ainda me lembro, de na abertura dos alicerces para uma casa, ter surgido gás e ter estado vários dias a arder. Mas, voltando ao tema, com o aumento progressivo da temperatura do ar, iniciaram-se os degelos dos glaciares, e esta conjugação de factores terá possibilitado que o nível médio das águas do mar fosse subindo aos poucos, e fosse avançando os tais quarenta quilómetros, até se fixar, mais ou menos, na linha que se pode ver na figura nº 3. Porém, entre Espinho, ou mais propriamente, Gaia e o Cabo Mondego (Figueira da Foz), teria ficado uma baía onde iriam desaguar os Rios Caster, Antuã e Boco, além do Vouga, a que já me referi.

Mas, simultâneo com a ocorrência deste processo, um outro se desenrolou: a sedimentação, ou depósito de areias no fundo do mar. Estas areias eram trazidas não só pela força das marés, mas também pelas águas dos diversos rios, que, correndo em zonas com pedras, iam acarretando no seu percurso, pequenos fragmentos dessas rochas, que, acabavam por se ir fixando também na zona onde o rio se encontrava com o mar.

Este processo de sedimentação teve um desenvolvimento contínuo, pelo que, com o passar dos anos, se começou a formar um cordão litoral de areias, onde se viriam a desenvolver as Gafanhas, bem como outras povoações, casos da Murtosa, Torreira e São Jacinto, entre outras. Com o aparecimento deste cordão litoral, viria a formar-se um pedaço de mar interior, dando assim origem à Ria de Aveiro, que viria a ter enorme importância no desenvolvimento de toda esta zona, como adiante veremos.

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Como se formou o chamado mar interior, era imperioso que se estabelecesse uma passagem entre o mar exterior e este, ou melhor, entre o mar e a Ria. Essa passagem, à qual se passou a chamar barra, viria, ao longo dos vários séculos, a sofrer muitas alterações, quer de posicionamento, quer de condições de navegabilidade, influenciando, assim, de maneira bastante acentuada, as condições de vida de toda a população ribeirinha. Por isso, se a barra estava em boas condições, toda esta zona vivia uma época de grande prosperidade, fruto do comércio que então se gerava. Se, pelo contrário, a barra estava em más condições, isto acarretava uma diminuição de prosperidade, pois o comércio decaía bastante, aumentando também o número de doenças, já que as águas estagnavam, originando focos de doenças, como por exemplo: peste e febres palustres.

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Observando mais atentamente as diversas posições da barra ao longo dos anos, podemos ver que esta teve posições extremas: a Norte, perto da Torreira, e a Sul, em Mira, tendo durante outros períodos ocupado diversas posições, desde S. Jacinto até à chamada Quinta do Inglês, situada entre a Praia da Vagueira e Mira. A chamada barra nova, que ainda hoje se mantém em funcionamento, viria a ser aberta em 1808, como resultado de todo um processo, que envolveu diversas petições da Câmara de Aveiro à Rainha D. Maria I, que, após ter mandado vir diversos engenheiros de países estrangeiros, verificou que estes nada conseguiam fazer. A situação mantinha-se, ou seja, a bana variava de posição, consoante as vicissitudes do Mar e as condições do tempo, que abriam ou fechavam a barra, resultando daí um grande estado de incerteza entre toda a população, pois, conforme atrás disse, as condições de vida variavam com o bom ou mau funcionamento da barra. Como exemplo, posso citar o Prof. Orlando de Oliveira, que, no seu livro "Origens da Ria de Aveiro" refere:

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«A influência decisiva das condições físico-geográficas determinadas por esta volubilidade da Barra determina o aparecimento de crises de crescimento de Aveiro, alternando com fases de progresso. Em 1348, a cidade quase ficou despovoada por efeitos de peste, a que se seguiram outros surtos com intervalos de cerca de 10 anos.» Noutro ponto da obra, continua o autor, «A barra fechava, as águas estagnavam, acumulavam-se, o paludismo surgia e uma boa parte da cidade de Aveiro alagava-se. De tudo isto resultavam situações de miséria, doença e abandono. A barra abria, as águas em excesso escoavam-se, as febres palustres desapareciam quase por encanto e com as facilidades de vida voltavam a acorrer populações transviadas.» Como meros dados estatísticos, posso adiantar que, em 1575, num período de esplendor de Aveiro, ou seja, em que a barra funcionava bem, a cidade atingiu a bonita soma de 14.000 habitantes, para em 1736, numa fase menos boa da barra, regredir até aos 5.300 habitantes.

Portanto, como se pode verificar por esta análise, a partir do momento em que se formou o cordão de areias, que viria a originar a Ria de Aveiro, as boas ou más condições de navegabilidade da barra determinam, em grande parte, as diversas alterações nas vidas das gentes que por aqui habitavam.

Voltando à barra nova, após várias tentativas sem êxito, somente com a chegada a Aveiro dos engenheiros militares Coronel Reinaldo Oudinot e Capitão Luís Gomes de Carvalho, genro do primeiro, se deu início a um estudo completo e prolongado, que viria a culminar com a abertura da barra em 3 de Abril de 1808, após duas tentativas falhadas em Março de 1806 e Fevereiro de 1807.

E foi assim que, com esta obra, se marcaria, definitivamente, uma passagem entre a Ria e o mar, deixando esta de estar aberta ou fechada, consoante o sabor dos tempos, e / 16 /  passando a estar sempre aberta, por acção directa do homem. Refira-se que, como complemento à barra, foram construídos os dois molhes, o segundo dos quais (Norte), cerca de dez anos depois de a barra estar aberta.

Ficou, assim, toda esta região definitivamente livre dos problemas resultantes do assoreamento da barra, e pôde lançar-se, finalmente, numa era de progresso constante, até atingir aquilo que hoje é.

Sabe-se que os primeiros habitantes das Gafanhas seriam originários da zona de Vagos, por ser a única com ligação terrestre a estas terras, razão pela qual, grande parte dos apelidos das famílias gafanhoas tem origem em Vagos; por exemplo, os Rochas, os Carapelhos, os São Romões, os Retintos, os Sarabandos, e muitos outros que por lá existem. Mas, nessa altura, ainda não se podia falar propriamente em povoação, porque estas gentes viveriam dispersas; seria uma casita ali, outra além. Assim, embora existam dados referentes ao ano de 1677, ano em que o Conde de Aveiras, João da Silva Telo de Meneses, teria feito aforamento de várias leiras de terra a diversos agricultores e caseiros, foi com a abertura da barra que as Gafanhas viriam a iniciar a sua era de desenvolvimento.

Somente em 1818 se conhece já uma colónia de habitantes com carácter permanente, nos terrenos situados a nascente da ponte da Cambeia e a Sul da Quinta da Mó do Meio. Seria mesmo neste local, na Quinta do Marinhão, que viria a ser erguida a primeira capela, dedicada ao culto religioso, vincando de forma bem marcante, que, a partir daí, se iria desenvolver uma povoação, já que os nossos antepassados davam uma grande importância à sua vida religiosa. Portanto, a construção de um lugar onde pudessem praticar as suas devoções terá sido uma das primeiras realizações dessas gentes ao instalarem-se por lá. Como nota, refira-se que esta capela foi dedicada a Nossa / 17 / Senhora da Nazaré, e era tão pobre e humilde, que nem sino tinha, sendo o povo chamado para as cerimónias, através do toque de um búzio, que um Gafanhão tocava com toda a força, soprando longamente, fazendo o som propagar-se através dos areais.

Como se pode constatar, foi também a partir da abertura da barra nova que as Gafanhas se começaram a desenvolver, pois, passados cerca de 10 anos deste acontecimento, foi construído o primeiro templo religioso desta zona, sinal da fixação de uma comunidade.

Assim, e para terminar este trabalho, queria deixar as seguintes conclusões:

As Gafanhas começaram a ser povoadas, ainda que, de uma forma muito lenta, por volta do ano de 1677.

2º – Esse povoamento foi feito a partir das freguesias mais a Sul, caso de Vagos, fruto da ligação terrestre existente.

3º – Nos séculos X-XII, a costa marítima portuguesa tinha uns contornos muito diferentes dos actuais, tocando o mar povoações como Angeja, Vagos, Cacia e outras, que hoje ficam bastante longe dele.

4º – Foi a partir desta altura, com o processo de sedimentação, que se começou a formar um cordão litoral de areias, criando um mar interior, que depois daria origem à Ria de Aveiro.

5º – Com o surgir da Ria de Aveiro, viriam a aparecer também línguas de terra que originaram povoações, entre as quais as Gafanhas.

6º – Seria com a abertura da barra nova, em 1808, que / 18 / toda esta região entraria, definitivamente, numa época de progresso constante.

7º – Como resultado de tudo isto, e como conclusão final, digo que as Gafanhas não existiriam antes da Ria de Aveiro, mas pelo contrário, com a formação da Ria de Aveiro é que surgiram as Gafanhas.

* Trabalho apresentado no quinto colóquio da Murtosa


ETIMOLOGIAS...

. GADANHA > GAFANHA do junco> GAFANHA

. GAFAR (imposto) > GAFANHA (lugar onde se paga)

. GAFO > GAFANHA (lugar de gafos)

. GAFENHO ou GAFANHO > GAFANHA (terra gafada)

. GAFANHA (mulher de Aveiro desterrada ...)

. GAFANHO (animal saltão) > GAFANHA

. GAFANO > GAFÂNIA > GAFANHA

. GALA + FÂNIA > GALAFANHA > GAFANHA

 

 

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